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PPS de olho nos movimentos políticos

Roberto Freire (PPS)Roberto Freire (PPS) - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
De olho no prazo de janela partidária, o Partido Popular Socialista (PPS) programou o congresso da sigla entre 23 e 25 desse mês. Até essa data, o presidente da sigla, Roberto Freire, espera atrair movimentos políticos - como o Acredito, Agora, Livres e Renova BR - que pregam a renovação democrática e têm tido adesão de nomes como o apresentador da Rede Globo Luciano Huck, o que pode ter um bom retorno eleitoral.

Essa estratégia tem colocado o nome do PPS no centro dos debates e, para pegar carona na “onda progressista”, a agremiação planeja, inclusive, mudar seu nome para “Movimento 23”. “O partido está num processo, há muito tempo, de mudança e isso se acentuou com essa integração de vários movimentos políticos. Já assinamos o compromisso com o Movimento Agora e esperamos também assinar com o Acredito”, esclarece Roberto.

O congresso ocorre no Hotel Bourbon, em São Paulo, onde serão discutidas as mudanças no nome do partido e até do estatuto, visando agregar as tendências de transparência defendidas pelos movimentos. “O nome é uma possibilidade, mas é evidente que eu não sei se teremos condições de fazer essa mudança até o congresso. O quando antes os movimentos e parlamentares se integrarem ao PPS, mais fácil será promover essas mudanças”, alerta Freire.

Nesse contexto, o PMDB, do presidente Michel Temer, também decidiu voltar a se chamar Movimento Democrático Brasileiro (MDB), na tentativa de oxigenar sua imagem perante o eleitorado. O mesmo ocorreu ao Podemos (que antes se chamava PTN) e o Avante (que era PTdoB).

O PPS nasceu como uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em decorrência da queda de regimes comunistas como a União Soviética, na década de 1990. No meio político, o partido se colocava como “pós-comunista”, buscando uma nova definição de socialismo. Recentemente, chegou a se cogitar que o partido lançasse o apresentador Luciano Huck como candidato à Presidência. Nesse sentido, a sigla tem adotado a linha dos movimentos liberais, aos quais Huck é ligado, o que também pode favorecer o aumento da sua bancada na Câmara Federal - garantindo a superação da cláusula de barreira e aumentando a influência da sigla no cenário nacional.

A ida do deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) é cogitada nesse cenário, principalmente pela sua identificação com o Movimento Livres. Há uma expectativa de que ele forma chapinhas fortes no partido. O parlamentar, por sua vez, garantiu que só definirá seu futuro no prazo final, colocando como condição inegociável a sua permanência na oposição em Pernambuco.

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