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Tese vencedora do congresso do PSOL no Recife e em Olinda defende construção do partido pela base

Grupo conta com a deputada Dani Portela e a pré-candidata à Prefeitura de Olinda Eugênia Lima

Dani: “Com essa vitória, o partido sai fortalecido na defesa de uma candidatura para disputar a Prefeitura do Recife"Dani: “Com essa vitória, o partido sai fortalecido na defesa de uma candidatura para disputar a Prefeitura do Recife" - divulgação

Das quatro teses defendidas nas etapas municipais do Congresso do PSOL no Recife e em Olinda, realizadas ontem, a do grupo PSOL de Todas as Lutas –, que reúne a pré-candidata à Prefeitura do Recife e deputada estadual Dani Portela, a co-vereadora Elaine Cristina, as pré-candidatas a vereadoras Robeyoncé Lima e Jô Cavalcanti e a pré-candidata à Prefeitura de Olinda Eugênia Lima – foi a vencedora.

O grupo defende uma construção do partido pela base, com ampla participação de mulheres, de pessoas negras e periféricas. “No estado, somos 45%, mas no Recife vencemos com 55.82% dos votos dos filiados. A partir da renovação dessa direção, vamos começar os debates sobre as candidaturas de 2024”, disse Dani Portela.

De acordo com a deputada, a vitória é importante para discutir as capitais que serão prioridades para o partido nas eleições do próximo ano. “Existe um debate muito grande e fortalecimento do Nordeste. Nunca fizemos um deputado federal pelo PSOL na região. A gente quer ampliar as chapas de vereadores, mas dentro das nossas lutas”, esclareceu.

As outras três teses foram Primavera Socialista, do ex-candidato a prefeito João Arnaldo (Rede), que integra a federação e ficou, no Recife, com 29,25% dos votos. A outra é uma tese dentro do partido que antes era representada por Áureo Cisneiros, ex-presidente Sindicado dos Policias Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), e ficou com 7.33% dos votos. A tese quatro, chamada PSOL Sementes, com vários campos que formam um grupo, conta com o vereador Ivan Moraes, e também ficou com 7.33% do partido.

“Com essa vitória, o partido sai fortalecido na defesa de uma candidatura para disputar a Prefeitura do Recife”, acrescentou Dani. No que tange às ideias nacionais, a tese vencedora está em consonância com as de figuras expressivas do partido, como os deputados federais Guilherme Boulos (SP) e o Pastor Henrique Vieira (RJ), as deputadas federais Erika Hilton (SP) e Luíza Erundina (SP); e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

De acordo com Dani Portela, os grupos dela e de João Arnaldo defendem teses que vêm acertando na política da legenda e que, ainda segundo ela, já em 2016, colocou-se contrária ao impedimento da presidenta Dilma Rousseff (PT), identificando-o como golpe, fez duras críticas à Operação Lava Jato, entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando detido, foi um preso político, e defendeu, pela primeira vez, não ter candidato à presidência da República. “Entendemos que era o momento de apoiar o presidente Lula”, justificou.

Os outros dois grupos mantêm divergências em relação ao governo. No plano nacional, defendem que o PSOL não deva fazer composição com o Executivo Federal. Apesar de terem apoiado Lula na campanha, querem o partido longe dos ministérios e de outros espaços dentro do governo Lula.

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