Veja o que fazer na reta final da preparação para o CPU-PE
Faltando um mês para o concurso, é recomendado a resolução de questões e o foco no estudo ativo
O Concurso Público Unificado de Pernambuco (CPU-PE) está cada vez mais próximo. Com provas marcadas para os dias 18 e 25 de janeiro de 2026, os inscritos precisam correr contra o tempo para se preparar nesta reta final. A seleção contará com 60 questões para os cargos comuns e 70 para os de Gestor Governamental, além de uma redação aplicada aos candidatos de nível médio, e um estudo de caso para aqueles que concorrem ao nível superior.
Para os concurseiros inscritos neste concurso, a estratégia da revisão é a mais recomendada e a mais simples de ser encaixada na rotina durante o mês que resta antes da aplicação do certame.
Reta final
No início de novembro, conversamos com o candidato do CPU-PE, Gabriel Monteiro, inscrito nos cargos de Analista de aplicações e de dados, ambos na área de tecnologia. Na época, ele nos contou sobre as expectativas para a prova, e como planejava se preparar.
Porém, um mês após essa conversa, Gabriel revelou que não conseguiu estudar como gostaria. Com um tempo curto, dividido entre trabalho, faculdade e atividades domésticas, seu cronograma para o concurso foi negligenciado.
“Tentei seguir um cronograma. [Mas] mesmo que tenha um caminho a ser seguido, como depende muito só de mim, por exemplo, eu posso assistir qualquer aula em qualquer momento, essa flexibilidade deu uma atrapalhada”, explicou o concurseiro, que havia planejado estudar cerca de duas horas diárias, mas acabou se atrapalhando no processo.
Outros candidatos se encontram na mesma situação de Gabriel. Apesar desse quadro não ser o ideal, Wendell Léo Castellano, professor de 49 matérias de Administração para Concursos a 25 anos, explica que, para aqueles que já têm uma base de conteúdos consolidados na mente, essas semanas restantes podem ser bem aproveitadas.
Gabriel Monteiro disse que começou a ouvir algumas aulas durante seus afazeres, como uma forma de otimizar o tempo através do “estudo passivo”. Porém, o professor aconselha que esse momento deve ser usado em práticas ativas, como revisão e resolução de questões, e não para ver novas aulas e conteúdos.
“Faltando um mês para a prova, o foco é fazer questões. Vamos estabelecer um número redondo, 100 questões por dia, com as matérias misturadas, como se fosse a prova”, esclareceu sobre a parte objetiva da prova.
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Wendell também afirmou que, para quem não conseguiu estudar todo o edital, a estratégia deve ser analisar questões produzidas nos últimos anos pela banca FCC, responsável pelo CPU-PE, além de ler as principais legislações pernambucanas cobradas no documento, balanceando o estudo de conhecimentos gerais e específicos.
Já em relação à prova discursiva, Castellano recomenda a escrita intensiva. Para ele, o foco deve ser na prática da argumentação baseada nos conteúdos cobrados pelo edital, aliando o que o candidato já tem de bagagem cultural com a base obrigatória da seleção.
“Treinem redações. ‘Professor, mas não tem quem corrija a minha redação’. Não importa. O fato de você escrever e colocar no papel, já te faz criar prática. Você pega os principais temas que estão lá no edital e escreve sobre aquilo que você lembra desses temas”, complementou.
Além de cobrar uma boa escrita, a etapa discursiva propõe a resolução de problemas, em que o candidato deve dissertar com base em conteúdos teóricos. Ou seja, o nome do autor, nome do livro ou número e artigo da lei que justifiquem a relevância e credibilidade de sua tese serão cobrados.
Wendell avalia que, durante as festividades de final de ano, presentes nesta reta final, os candidatos do CPU-PE não podem exceder nas comemorações. Gabriel, por exemplo, vai tentar usar o início de suas férias do trabalho e da faculdade em janeiro para revisar conteúdos, já que estará com o tempo mais livre.



