Honda City 2025 em detalhes: testamos e revelamos pontos fortes e fracos do sedã de quase R$ 150 mil
Modelo aposta em segurança de série, bom consumo e visual mais refinado, mas será que ele empolga?
Ele já foi queridinho entre motoristas que buscavam um sedã confiável, econômico e com pós-venda exemplar. Mas o tempo passou, os concorrentes evoluíram e o Honda City 2025 não apresenta grandes mudanças mecânicas, mas continua apostando em eficiência, espaço e tecnologia embarcada.
Com o mesmo motor 1.5 aspirado das gerações anteriores, o City agora traz um visual ligeiramente mais sofisticado e o mais importante: todas as versões vêm com pacote completo de segurança ativa Honda Sensing, algo que nem todo rival entrega.
Mas será que isso basta para justificar o preço nas alturas das versões EXL e Touring? Como é o desempenho na prática? Ele realmente convence ao volante ou vive apenas da fama de ser “o carro que não dá dor de cabeça”?
Testamos a versão topo de linha Touring e vamos detalhar o que surpreende, o que decepciona e, principalmente, se vale ou não a pena ainda investir R$ 149.200 no modelo.
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Honda City Sedan traz visual sóbrio, elegante e com assinatura LED dos dois lados | Foto: Honda/DivulgaçãoMotorização: econômico, mas falta emoção
Sob o capô, nada mudou: seguimos com o 1.5 i-VTEC aspirado flex de até 126 cv e 15,8 kgfm de torque. O câmbio CVT simula sete marchas e privilegia conforto e economia.
Na prática, o City é muito silencioso, a condução é suave e o consumo urbano surpreendeu. Fizemos 12,8 km/l com gasolina, sem esforço. Mas quando se pisa mais fundo ou precisa fazer uma ultrapassagem com agilidade, a resposta é limitada. O CVT deixa o carro no limite sem sair muito do lugar.
O modelo é ótimo para cidade e uso familiar, mas se você curte dirigir com mais emoção, vai sentir falta de um motor turbo. E, sim, isso pesa.
Design: discreto, elegante e mais maduro
A Honda não mexeu muito na fórmula, mas deu um retoque interessante no visual. A nova grade frontal com detalhes cromados, os faróis full LED nas versões EXL e Touring e os ajustes sutis nas lanternas traseiras deixam o carro mais sóbrio e sofisticado.
O sedã transmite seriedade, mas nada exagerado ou ousado, porém bem feito. É aquele carro por onde passa recebe olhares admirados e elogios.
Na traseira, o visual segue discreto e bem resolvido. Nada de exageros, mas com a elegância Honda | Foto: Honda/DivulgaçãoSegurança: ponto mais forte do modelo
Todas as versões do City contam com o pacote Honda Sensing. Isso inclui frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa e farol alto automático.
E esses recursos funcionam bem e realmente ajudam, especialmente no trânsito mais pesado ou em viagens. O alerta de colisão é bem calibrado, e o assistente de faixa atua com firmeza sem ser invasivo.
Nesse quesito, a Honda supera muitos concorrentes, que já deveriam colocar esse nível de segurança em todas as versões.
Tecnologia: simples, mas eficiente
A central multimídia de 8 polegadas tem boa resolução e responde bem ao toque. O pareamento sem fio com Android Auto e Apple CarPlay é rápido e estável.
Na Touring, o painel digital é um charme à parte, com boa visibilidade e grafismos modernos.
Mas sentimos falta de uma navegação integrada (mesmo que básica) e de mais funções inteligentes no carro, como espelhamento da câmera traseira com linhas dinâmicas ou comandos por voz mais avançados.
Mesmo sendo um sedã compacto, o City impressiona pelo bom espaço no banco traseiro. Com 2,60m de entre-eixos e mais de 500 litros no porta-malas, ele se comporta como um carro de categoria superior.
Fizemos o teste com quatro adultos a bordo, além de bagagens no porta-malas, e o conforto agradou. Os bancos são confortáveis, a ergonomia é boa e o isolamento acústico está acima da média.
Entre-eixos do Honda City de 2,60m e espaço de sobra pra quem vai atrás | Foto: Honda/DivulgaçãoConcorrentes: o City é confiável, mas os rivais são mais ousados
Na comparação direta com VW Virtus TSI, Fiat Cronos Precision 1.3 e até o Toyota Yaris Sedã, o City ganha em segurança e confiabilidade, mas perde em desempenho e preço competitivo.
O Virtus anda mais e tem motor turbo; o Cronos entrega mais por menos; e o Yaris tenta equilibrar tudo, mas já vem pedindo uma atualização.
De vantagem, o City Touring tem a qualidade construtiva, pós-venda confiável e economia real de combustível.
Na desvantagem, a falta de potência, preço salgado e acabamento interno com excesso de plásticos.
Honda City tem 500 litros de capacidade no porta-malas, um dos maiores da categoria | Foto: Honda / DivulgaçãoO Honda City 2025 ainda vale a pena?
Sim, se você está buscando um sedã confiável, seguro, econômico e que tem mais durabilidade, mas não espere emoção ou desempenho de ponta, porque esse não é o foco do modelo.
É um carro para quem vai mais pela razão do que pela emoção na hora da escolha, e dentro dessa proposta ele entrega bem.



