Seg, 15 de Dezembro

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Digitalização: uso de aplicativo de bancos salta para 90% entre os pequenos negócios

Diferenças regionais e de idade ainda persistem

Pequenos negóciosPequenos negócios - Foto: divulgação/Sebrae

Segundo a pesquisa “Hábitos Financeiros dos Pequenos Negócios”, do Sebrae, 90% dos pequenos negócios acessam o aplicativo do banco no celular pessoal. Há 10 anos, esse número era de apenas 15%.

O uso do internet banking entre os pequenos empreendedores passou de 33%, em 2015, para 61%, em 2025. Já os canais presenciais, como caixas de banco e correspondentes bancários, apresentam baixa utilização, evidenciando o progressivo desuso desse atendimento.

No levantamento de 2025, apenas 21% vão ao caixa do banco e 28% aos correspondentes bancários. Dez anos atrás, esse percentual era de 58% e 55%, respectivamente, consolidando uma tendência de digitalização do relacionamento bancário.

Confira os principais números da pesquisa:

Evolução dos canais de serviços bancários
Canal de Serviço 2015 2022 2025
Uso de aplicativo do banco no celular pessoal 15% 86% 92%
Serviços bancários na internet via computador (internet banking) 33% 59% 61%
Caixa eletrônico 72% 28% 35%
Correspondente bancário 55% 22% 28%
Caixa do banco 58% 14% 21%

Variação regional

O Nordeste tem mais empreendedores que usam correspondentes bancários, cerca de 37%, acima da média nacional de 28%. Já o internet banking tem adesão maior no Sudeste com 67% e no Sul com 59%, mas menor no Nordeste com 53%.

Segundo a pesquisa, homens ainda recorrem mais ao atendimento físico, enquanto as mulheres estão mais digitalizadas. Quanto maior a idade do empreendedor, maior é a dependência de canais físicos.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a digitalização dos pequenos negócios ajuda na adoção de novas tecnologias. “A maioria deles tem acesso a notebooks e praticamente 100% possuem celular com internet, com banda larga, inclusive. O acesso a esses equipamentos permite buscar serviços na internet, na rede, inclusive serviços bancários pelo celular”, analisa. “O empreendedor brasileiro tem se digitalizado por meio de equipamentos, internet e inteligência artificial, embora ainda haja um espaço bom para avançarmos por meio de ferramentas e serviços mais sofisticados”, completa Décio.

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