Novembro Azul: câncer de próstata afeta pets, com risco maior em cães

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A campanha mundial do Novembro Azul, voltada para a conscientização sobre a prevenção do câncer de próstata em homens, também deve ser estendida ao universo dos animais de estimação machos. Embora o câncer de próstata seja menos frequente em cães e raro em gatos, ele pode afetar esses animais.

A doença é frequentemente mais agressiva nos pets, o que torna o diagnóstico precoce essencial. Afecções prostáticas em geral influenciam diretamente a qualidade de vida e a longevidade dos animais.

Cães

As condições patológicas da próstata são frequentemente descritas na espécie canina, principalmente em animais idosos. A próstata é a única glândula sexual acessória no cão. O acompanhamento regular da saúde é crucial, especialmente para cães e gatos de meia-idade, a partir dos 5 anos, e idosos, acima dos 7 anos.

Os sinais clínicos das doenças prostáticas podem ser inespecíficos e, em muitos casos, podem evoluir sem manifestações evidentes, dificultando o diagnóstico em fases iniciais.

Apesar da castração ser uma recomendação veterinária comum, uma pesquisa realizada por Nathan Schineider Ferreira Lopes, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apontou que machos castrados precocemente podem apresentar um risco de neoplasias prostáticas equivalente ou ligeiramente superior ao de machos não castrados.

Gatos

É importante ressaltar que o câncer de próstata é raro em gatos, mas ainda pode ser encontrado em felinos. Gatos com idade avançada tendem a apresentar com mais frequência outras afecções do trato urinário inferior, como a cistite idiopática e urolitíase. Os problemas prostáticos, se apresentados, são comumente benígnos.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é frequentemente feito com base no histórico da saúde do pet e exame clínico, mas a confirmação de condições como neoplasias requer exames complementares.

“Exames de rotina são essenciais para identificar alterações prostáticas. A palpação retal, embora menos comum na medicina veterinária, é um procedimento importante, principalmente para animais senis, mesmo que sejam castrados. A ultrassonografia também é um exame complementar importante para o diagnóstico precoce da doença”, recomendou a médica-veterinária Kelly Carreiro, da Special Dog Company.

Um dos principais exames utilizados para complementar o diagnóstico precoce da doença é a ultrassonografia. A ultrassonografia é considerada uma ferramenta essencial para o monitoramento e diagnóstico precoce de condições subclínicas, que, de outra forma, poderiam passar despercebidas.

O diagnóstico definitivo das neoplasias é feito com biópsia guiada por ultrassonografia.

Sintomas a serem observados:

Os tutores devem procurar um médico-veterinário imediatamente caso observem quaisquer sintomas. Os principais sinais de afecções prostáticas em pets incluem: 

• Dificuldade para urinar;
• Desconforto ao urinar ou presença de sangue na urina (hematúria);
• Tenesmo, que é o esforço para defecar sem sucesso;
• Disquezia, ou defecação dolorosa;
• Dor;
• Dificuldade para andar;
• Perda de peso.

Prevenção

Muito além de pedir exames específicos para a identificação de alterações na próstata, tutores devem manter consultas periódicas com o médico-veterinário para garantir a longevidade do pet. Se o animal é adulto, a recomendação é que as consultas sejam realizadas uma vez no ano.

No caso de pets idosos, grupo de maior risco para doenças da próstata, o acompanhamento veterinário deve ser feito a cada seis meses. O tratamento do câncer de próstata, quando diagnosticado, pode envolver cirurgia para remoção do órgão afetado. Se necessário, este procedimento pode ser seguido de radioterapia ou quimioterapia. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

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