Vencidos e vencedores da União Progressista
Antes de formalizar a federação, PP e União Brasil apontam diferenças e apostam no consenso
A uma semana da formalização da Federação União Progressista - marcada para o dia 19, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - a declaração do deputado federal Fernando Filho (União Brasil) à Rádio Folha fez o Progressistas reagir e ficar em alerta.
“Eduardo da Fonte vai defender o lado dele e nós vamos defender o nosso. No momento da decisão, espero e vou defender os meus argumentos para que eu possa sair vencedor, como ele também vai defender o dele”, argumentou Fernando Filho.
As duas legendas têm pré-candidatos ao Senado - União com Miguel Coelho e o PP, com o deputado Eduardo da Fonte - e estão em grupos opostos quando a candidatura é ao governo do estado.
O PP hoje apoia a reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD) e maior parte do União está com a possível candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Em nome do partido, o deputado licenciado e secretário de Turismo e Lazer do estado, Kaio Maniçoba (PP), salientou que as negociações visam o fortalecimento da federação e das bancadas para a Assembleia Legislativa e para a Câmara.
“Não haverá vencidos (na federação). Apenas vencedores. O que existe hoje é uma discussão interna e não uma disputa interna”, enfatizou.
A resposta veio mesmo depois de Fernando Filho acrescentar na entrevista que “muita gente quer ver a gente brigando, mas estamos conversando desde abril e mantendo um diálogo respeitoso”.
Em Pernambuco, a federação será presidida pelo deputado Eduardo da Fonte. Este ponto, pelo menos, já é consensual.
Clima de campanha
Os 78 anos do PSB e os 60 anos do ex-governador Eduardo Campos levaram os deputados Sileno Guedes e Diogo Moraes a proporem sessão solene, ontem, na Assembleia. Presidente nacional do partido, o prefeito do Recife, João Campos, e parte da família receberam as homenagens. Auditório lotado, discursos em tom de campanha ao governo e projeções para a legenda.
Da crítica ao elogio
Presidente da Alepe, Álvaro Porto comandou a solene de ontem. Oposição ao então governador Eduardo Campos, não economizou elogios. Disse que o homenageado sempre manteve excelente relação com o Legislativo e com todos os Poderes.
Pai coruja
O deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) vai levar falta hoje na Câmara. No 1º semestre teve 98% de presença e alega estar no crédito. Quer ver de perto o filho Virgílio Oliveira ser sabatinado na Comissão de Justiça da Alepe, às 10h30. Indicado em março para administrar Noronha, Virgílio atua como adjunto desde maio.
Tempo
A oposição na Alepe acha cedo a bancada do PL acreditar que o governo terá maioria em uma possível CPI para investigar contratos. Lembra que há tempo para negociar. O PL aposta na mudança de posição de dois deputados que estão contra o Executivo.



