Irmã de Deolane Bezerra é investigada em operação da PF que apreendeu carros de luxo
Investigados são acusados de integrar organização criminosa que lucrou mais de R$ 50 milhões em dois anos, a partir da gestão de plataformas de apostas ilegais
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta desta terça-feira, uma operação em 11 municípios do Rio, Goiás, Amazônia, São Paulo e Mato Grosso, cujo alvo é uma organização criminosa que lucrou mais de R$ 50 milhões de forma ilegal, em apenas dois anos, a partir da gestão de plataformas de de apostas ilegais, como as bets.
Uma das investigadas, segundo a PF, é a advogada e influenciadora Dayanne Bezerra, irmã da também advogada e influencer Deolane Bezerra. Na residência de um dos alvos, considerado o principal deles, em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio, os agentes apreenderam carros de luxo, incluindo da marca Porsche.
Segundo a polícia o dono da mansão onde estavam os carros de luxo seria o responsável por manter o contato com chineses, que também são investigados. Esses estrangeiros forneciam o serviço de manipulação das plataformas, garantindo as vantagens ilegais ao grupo, segundo as investigações.
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Um empresário e influenciadores são alvos da operação. Quatro investigados vão ter medidas cautelares, incluindo a proibição de atuar em plataformas de investimentos e apostas, recolhimento domiciliar à noite e uso de tornozeleira eletrônica.
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumprido em endereços residenciais localizados em São Fidélis/RJ, Rio de Janeiro (Barra da Tijuca e Recreio), Goiânia, Manaus, Campos dos Goytacazes/RJ, Santana do Parnaíba/SP e Barra do Bugres/MT; além de dois mandados de busca e apreensão em empresas situadas na cidade de São Fidélis, no Norte Fluminense.
As investigações foram iniciadas com base em informações obtidas pela Polícia Federal acerca do suposto enriquecimento ilícito de influenciadores digitais de São Fidélis, no interior do Rio de Janeiro. As apurações apontaram para o cometimento de diversos crimes em meio digital, com a participação de um empresário, influenciadores e contatos chineses.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo atuava em três frentes: com a manipulação das plataformas de opções binárias (tipo de investimento de tudo ou nada); com a contratação de influenciadores para divulgar essas plataformas; e com criação de uma plataforma própria, onde se dava o bloqueio de contas e travamento de saques quando os clientes (vítimas) ganhavam. Os investigados responderão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e estelionato digital.

