Seg, 15 de Dezembro

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Louvre em greve: 400 funcionários votam paralisação por tempo indeterminado; entenda

Sindicatos denunciam condições de trabalho precárias, déficit de funcionários e problemas estruturais agravados nos últimos meses

Louvre amanheceu em greve Louvre amanheceu em greve  - Foto: AFP

O Museu do Louvre não abriu as portas na manhã desta segunda-feira após ao menos 400 funcionários se reunirem em assembleia para decidir sobre a adesão a uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi convocada por diversos sindicatos, que denunciam a deterioração das condições de trabalho e a insuficiência de recursos em um momento marcado por falhas estruturais e problemas operacionais.

Segundo a BFMTV, turistas aguardavam do lado de fora da entrada principal, mas foram orientados por funcionários a não retornar antes do meio-dia. A depender do resultado da votação, o museu poderá fechar parte dos espaços ou até mesmo suspender completamente a visitação por falta de pessoal.

No aviso de greve enviado em 8 de dezembro à ministra da Cultura, Rachida Dati, os sindicatos CGT, CFDT e SUD afirmam que “visitar o Louvre tornou-se uma verdadeira corrida de obstáculos”. As entidades também atribuem à direção do museu um “descaso” diante das emergências prediais que se acumularam ao longo dos últimos meses.

 

Após o arrombamento de 19 de outubro, que expôs vulnerabilidades de segurança, o Louvre enfrentou novos episódios de instabilidade. Em novembro, uma galeria precisou ser fechada devido ao estado do prédio. Duas semanas atrás, um vazamento de água danificou centenas de livros da biblioteca de Antiguidades Egípcias.

Em carta à ministra da Cultura, os sindicatos afirmam que “todos os dias, os espaços do museu permanecem fechados muito além do prazo previsto no plano de abertura garantida, devido à insuficiência de funcionários, bem como falhas técnicas e à idade do edifício”. Segundo eles, sucessivos alertas internos não foram atendidos, e os comunicados divulgados pela direção “não permitem esperar uma conscientização proporcional à crise”.

As entidades reivindicam a abertura de negociações diretamente com o Ministério da Cultura, alegando uma deterioração sem precedentes no clima social e a necessidade de respostas urgentes das autoridades responsáveis.

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