Seg, 15 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
FENÔMENO INFANTIL

Ações da criadora de 'Baby Shark' disparam até 60% em estreia na bolsa de Seul

The Pinkfong Company, por trás do fenômeno infantil global, foi além das expectativas e registrou forte expansão de receita e lucro em 2024

'Baby Shark': após dificuldade em monetizar vídeo mais visto do YouTube, empresa faz IPO'Baby Shark': após dificuldade em monetizar vídeo mais visto do YouTube, empresa faz IPO - Foto: YouTube/Reprodução

As ações do estúdio sul-coreano responsável pelo contagiante “Baby Shark”, o vídeo mais visto do YouTube, dispararam até 60% nesta terça-feira (18), durante a estreia da empresa na Bolsa de Seul.

Muito querido pelas crianças pequenas, “Baby Shark Dance” acumula mais de 16 bilhões de visualizações na plataforma de vídeos do Google — aproximadamente o dobro do segundo lugar, “Despacito”.

O tema foi publicado há quase uma década pela The Pinkfong Company, proprietária de um portfólio de franquias de animação e educação infantil.

Na sessão da manhã, as ações da empresa avançaram cerca de 17% em relação ao preço inicial de 38.000 wons (aproximadamente R$ 138,26, na cotação atual), após terem saltado mais de 60% durante a sessão.

Fundada em 2010, a The Pinkfong Company obtém a maior parte de sua receita da venda de conteúdo online e de espetáculos ao vivo. “Baby Shark”, que apresenta uma família de tubarões ao som de uma melodia alegre, é um de seus maiores sucessos.

Em 2024, a empresa registrou receita de 97,4 bilhões de wons (cerca de R$ 354,3 milhões), alta de 11%, e lucro operacional de 18,8 bilhões de wons (aproximadamente R$ 68,4 milhões), quase quatro vezes superior ao do ano anterior.

A Coreia do Sul segue como potência da cultura pop global, berço da banda de K-pop BTS e origem de recentes sucessos televisivos da Netflix, como “Round 6 (Squid Game)” e “As guerreiras do K-pop”.

Negócios da Pinkfong
Aproveitando o sucesso de “Baby Shark”, o vídeo mais assistido de todos os tempos no YouTube, a empresa está abrindo seu capital para expandir seus negócios além das telas infantis e provar que pode ser uma empresa de mídia completa, capaz de produzir o próximo grande sucesso. A estreia também ocorre em um momento em que o entretenimento coreano ganha popularidade mundialmente, graças a bandas de K-pop como BlackPink e BTS.

“Aqueles que estão investindo na Pinkfong provavelmente estão apostando em ganhar na loteria”, disse Kim Dojoon, diretor de investimentos da Zian Investment Management. Ele traçou paralelos com a SAMG Entertainment Co., que mais que triplicou de tamanho este ano graças à popularidade de sua série animada "Catch! Teenieping".

Segundo o jornal The Wall Street Journal, a empresa por trás da "música onipresente" enfrenta dificuldades para lucrar com publicação devido às restrições de publicidade em conteúdo infantil e buscou levantar fundos para tentativa de expansão.

O portfólio da empresa inclui "Pinkfong" — seu mascote raposa —, Baby Shark, Bebefinn e Sealook. Muitos de seus personagens são patenteados, o que ajuda a empresa a reduzir sua dependência de Baby Shark para gerar receita. A franquia Bebefinn já ultrapassou Baby Shark em termos de receita de conteúdo, segundo o CEO Kim Min-seok.

O modelo de negócios da empresa se concentra na criação de vídeos curtos e cativantes para o YouTube, plataformas de streaming, televisão e aplicativos móveis. Assim que essas músicas ganham popularidade, a Pinkfong as monetiza por meio de publicidade, royalties de streaming, licenciamento e produtos licenciados — além de shows ao vivo, jogos e programação de maior duração.

Veja também

Newsletter