Agenda TGI 2026 coloca em pauta era da conexão fragmentada
Em visita à Folha de Pernambuco, o consultor e sócio-fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, adiantou alguns tópicos do que será discutido hoje em um dos eventos mais concorridos da agenda empresarial pernambucana há 27 anos
Em visita à Folha de Pernambuco, na tarde desta segunda-feira (24), o consultor e sócio-fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, apresentou detalhes da 27ª edição da Agenda TGI 2026, que será realizada nesta terça-feira (25), às 19h, no Teatro RioMar. O empresário foi recebido pela vice-presidente do jornal, Mariana Costa, e pelo diretor-executivo, Paulo Pugliesi.
A Agenda TGI tem como finalidade apresentar um balanço dos acontecimentos que marcaram o ano e as projeções econômicas, sociais e políticas para o próximo. Este ano, o tema é “O novo mundo híbrido: um mergulho na era da conexão fragmentada”, propondo uma reflexão sobre como o novo contexto global tem influência no Brasil, em Pernambuco e no Recife.
O empresário foi recebido pela vice-presidente do jornal, Mariana Costa, e pelo diretor-executivo, Paulo Pugliesi. | Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco“Na verdade, a gente durante o ano todo, acompanha as empresas e atualiza o planejamento estratégico, cenários, e estamos sempre lidando com isso. Além do que a gente faz um encontro mensal sobre diversos assuntos e quando chega no final, vemos o que está mais em evidência. E, a partir disso, discute e monta o tema”, explicou Cunha sobre a escolha do mote da edição.
Híbrido
Ao falar sobre o conceito de “mundo híbrido”, que norteia o evento deste ano, Francisco Cunha aponta que a discussão nasce das contradições da vida contemporânea. Para ele, a convivência simultânea entre o físico e o digital não é uma novidade, mas uma realidade cada vez mais evidente.
O empresário explica que a proposta do tema parte dessa dualidade. “No mundo atual, estamos além, não é só físico e digital. Estamos também diante de realidades bem antagônicas como, por exemplo, a inteligência natural e a inteligência artificial.”
Segundo Cunha, o resultado é um estado de tensão e adaptação. “Então, estamos nesse embate permanente, e as empresas e as pessoas precisam se acostumar com essa nova realidade, porque a gente vive conectado, mas de uma forma que a gente observa cada vez mais fragmentado.”
Clima
Quanto aos desafios que o estado e o país enfrentarão nos próximos anos, Cunha destaca que as mudanças climáticas tornam urgente uma revisão da forma como as cidades se preparam para o futuro. No caso do Recife, ressalta que a vulnerabilidade é ainda maior devido à posição geográfica e relação direta com o oceano.
“O Recife é talvez a capital brasileira mais suscetível às mudanças climáticas no que diz respeito à subida do nível dos oceanos”, afirma. Enfrentar esse cenário, para ele, exige discutir planejamento urbano, uso do território e revitalização de áreas estratégicas.
Segundo Cunha, Recife vive um momento de oportunidades para repensar sua configuração urbana. Ele cita como exemplo uma proposta recente que pode transformar profundamente a região central. Um dos exemplos é o estudo conduzido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que propõe uma mudança profunda na dinâmica do bairro de Santo Antônio.
“Temos também uma abordagem inovadora chamada Distrito Guararapes, mudando a vocação histórica dele de prestação de serviço, que decaiu ao longo desses anos, e deve ser transformada num bairro habitacional”, explicou.
A abertura será realizado pelo projeto de arte e dança, Aria Social. As inscrições são gratuitas e podem sem feitas pelo site da Sympla.

