Conexões Transnordestina III discute oportunidades logísticas e produtivas em Araripina
Edição do seminário aborda potencial do ramal SalgueiroSuape para integrar o Sertão do Araripe aos grandes mercados exportadores
Araripina está recebendo nesta sexta-feira (15) mais uma edição do seminário Conexões Transnordestina – A Ferrovia que Move Pernambuco, evento que discute os impactos econômicos, produtivos e logísticos do novo ramal ferroviário Salgueiro–Suape em sete cidades pernambucanas: Salgueiro, Petrolina, Araripina, Belo Jardim, São Bento do Una, Caruaru e Recife.
Sediando o polo gesseiro do Sertão do Araripe, o município debateu temas como o traçado da ferrovia e a implantação de um porto seco na região. A programação reuniu autoridades, pesquisadores, representantes da sociedade civil organizada e lideranças locais para tratar do papel estratégico de Araripina como ponto-chave na integração logística entre o interior do Nordeste e os grandes mercados exportadores.
O encontro contou com a participação do diretor regional da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Fábio Monteiro, e do presidente do Sindicato das Indústrias do Gesso do Estado de Pernambuco (Sindugesso), Jorbeth Granja; entre outros convidados. A mediação é conduzida por Patricia Raposo, fundadora e CEO do Movimento Econômico.
O economista e coordenador-geral de Estudos e Projetos da Sudene, José Farias, destacou que o trecho pernambucano da ferrovia amplia as possibilidades logísticas, especialmente para escoamento via Suape.
“O trecho pernambucano, em particular, aumenta as possibilidades de logística. Principalmente da saída a partir de Suape. A depender do tipo de carga, de todo modo. E também, já com a conclusão do trecho para o Ceará, também já é uma oportunidade mais rápida, num curto prazo, a depender do tipo de carga”, disse
Segundo ele, a integração dos modais trará impactos econômicos e ambientais relevantes.
“O terminal multimodal que aqui pode se instalar na região e também as questões todas que virão de logística, a partir da integração que haveria entre o rodoviário e o ferroviário, traz uma série de oportunidades. Além das oportunidades iniciais, também uma redução da poluição ambiental, que é também muito importante quando você vai tirar caminhões que fazem esse trajeto para levar a gipsita, levar os materiais daqui, mas principalmente gêssos gipsita para fora do estado ou para fora do país. Então, as possibilidades ainda devem ser melhor estudadas, mas são na área de logística, muito fortes, até mesmo de capacitação, de formação profissional mais intensa nessa área especificamente.”

