Sáb, 06 de Dezembro

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É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Ministro da Casa Civil disse que Brasil vive momento de "intromissão absolutamente indevida"

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou que é inacreditável que o presidente americano esteja preocupado com a rua 25 de Março O ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou que é inacreditável que o presidente americano esteja preocupado com a rua 25 de Março  - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou, nesta quarta-feira (16), a abertura de investigação comercial contra o Brasil pelo governo americano. Segundo ele, é "inacreditável" que o presidente Donald Trump esteja preocupado com a 25 de março e o Pix.

O documento que detalha a investigação comercial aberta pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil cita de Pix a redes sociais, passando por desmatamento ilegal a práticas de corrupção. O processo foi aberto pelo Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), que vai conduzir a investigação.

Em evento no Palácio do Planalto nesta quarta, Rui Costa se mostrou surpreso com a iniciativa do governo americano e disse que o Brasil vive um momento de “intromissão absolutamente indevida”.

"Não dá para imaginar um cenário onde um presidente de uma das duas maiores potências do mundo está preocupado com a 25 de março e coloca isso num documento internacional. Está preocupado com o meio de pagamento que o país adota e é abraçado por todos, pela população, pelas empresas, pelo sistema financeiro, que é o Pix. É inacreditável algo dessa natureza", disse o ministro.

Segundo Rui Costa, a reação do Brasil acontecerá com “serenidade”, “diálogo” e união em torno do país para resolver o problema.

"Nenhuma outra nação ou líder mundial pode escolher, seja a atividade que vai se dar na 25 de Março, seja o meio de pagamento ou qualquer outra coisa que seja de definição do Brasil. Nós, brasileiros, que vamos definir", reiterou.

No relatório elaborado pelo Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), que será reponsável pela investigação, os EUA alegam que o modelo brasileiro de pagamento pode impactar os negócios de empresas americanas.

"O Brasil parece adotar uma série de práticas desleais em relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer os serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo", diz o documento.

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