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Forças Armadas

Lula recebe comandantes das Forças Armadas no Alvorada

Ministro da defesa também participa de encontro que deve discutir previdência dos militares

Lula recebe Forças armadas no Palácio da Alvorada Lula recebe Forças armadas no Palácio da Alvorada  - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá na tarde deste sábado os comandantes das Forças Armadas para reunião no Palácio da Alvorada. O ministro da Defesa, José Mucio, também irá participar do encontro.

Lula irá receber o general Tomás Paiva, do Exército; almirante Marcos Olsen, da Marinha; e o brigadeiro Marcelo Damasceno, da Força Aérea Brasileira (FAB).

Um dos principais temas do encontro, segundo interlocutores dos participantes, será sobre a proposta do governo de estabelecer uma idade mínima de 55 anos para que os militares passem para a reserva — como é chamada a previdência da categoria.

O governo ainda não enviou ao Congresso Nacional o projeto que pretende fazer alterações para os militares que entrarem na reserva. A proposta foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista na última quinta-feira como parte do pacote de corte de gastos. Essa e outras três mudanças para militares terão impacto de R$ 2 bilhões por ano, segundo a Fazenda.

No caso da idade mínima, há questões em aberto que precisam ser equacionadas pela Defesa. Nas Forças Armadas, graduados e oficiais são promovidos automaticamente a cada interstício de sete anos. Hoje, a idade média de transferência para a reserva varia está em torno de 52,5 anos. Exigir mais três anos precisará fazer ajustes na lei de promoção dos militares para evitar um empoçamento de coronéis e suboficiais em um mesmo posto ou graduação.

Neste momento, técnicos da Fazenda e da Defesa discutem as regras de transição.

A reunião de Lula com a cúpula das Forças Armadas e com o ministro da Defesa também ocorre dias depois de a Polícia Federal (PF) indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 36 pessoas por planejarem um golpe de Estado. Mais da metade dos indiciados é composta por pessoas que são ou já foram militares: 24.

Segundo integrantes do governo, os indiciamentos não estejam na pauta da reunião do presidente com os comandantes, mas o tema pode ser abordado no encontro deste sábado.

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