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Coluna Movimento Econômico

Mudança climática, financiamento global e o papel de Trump

COP29, em Baku, e Cúpula Mundial para a Transição Energética, em Fortaleza, têm Trump como ponto de preocupação

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald TrumpxO presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trumpx - Foto: O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Foto: Jim Watson / AFP

Ontem, em Baku, no Azerbaijão, Mukhtar Babayev, presidente da COP29, abriu a conferência sobre mudança do clima, dizendo que “estamos na rota da ruína”. A COP29 deve traçar nova meta de financiamento para combater o aquecimento global, já que o compromisso anterior - que previa US$ 100 bilhões ao ano, entre os anos de 2020 e 2025 -, não foi cumprido. Os recursos só começaram a ser liberados a partir de 2022, diante de custos bem mais elevados. 

As discussões ganham força em Baku, mas também por aqui, nos debates do World Summit on Energy Transition (WSoET) - a Cúpula Mundial para a Transição Energética - a ser realizada nos dias 28 e 29 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

Líderes globais de 24 países, incluindo especialistas e organizações internacionais, políticos, ex-presidentes, empresários, cientistas e ativistas estarão presentes nesta cúpula global.

A eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos  permeará as discussões tanto em Baku como em Fortaleza. Com o seu retorno à Casa Branca, uma das grandes questões para os próximos anos é a maneira como o novo governo norte-americano vai tratar os temas ligados à transição energética, às energias renováveis, às mudanças climáticas e à sustentabilidade.

A emergência climática não pode esperar. No último dia 9, nevou num deserto da Arábia Saudita pela primeira vez na história. O fenômeno ocorreu após fortes chuvas na região de Al-Jwaf, na fronteira com a Jordânia. Um exemplo pontual das mudanças em curso.

Como o resto do mundo reagirá a Trump, que deve retirar os EUA novamente do Acordo de Paris, conforme divulgou o jornal "The New York Times na semana passada, é outra grande questão. 


Transnordestina e FNE

A autorização da Sudene ao Banco do Nordeste para assinar um termo aditivo com a empresa Transnordestina Logística S.A. (TLSA) – que constrói o trecho cearense da Ferrovia Transnordestina –  concedendo crédito de R$ 3,6 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), deixou muitos pernambucanos aborrecidos. O FDNE libera, em média, por ano de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão. Isso significa que nos próximos três anos o fundo vai estar beneficiando apenas uma obra que contempla dois Estados: Piauí e o Ceará. 

Carteiras de inadimplentes

Balanço da Recovery, empresa do Grupo Itaú que atua na compra e gestão de créditos inadimplentes, revelou que a venda de carteiras inadimplentes alcançou, nos meses de julho, agosto e setembro, um total de R$ 7,7 bilhões -resultado 64% superior ao do segundo trimestre, quando atingiu R$ 4,7 bilhões. Comparando com o mesmo período de 2023, quando foram vendidos R$ 5 bilhões, o resultado foi 54% maior, o que reforça o fato de as cessões de crédito terem sido represadas com a chegada do Desenrola no terceiro trimestre de 2023. 

Golpes

O contexto de digitalização das finanças tem mudado a configuração de crimes contra o patrimônio, de modo que caíram os roubos em ruas e cresceram os estelionatos, especialmente os cometidos por meios eletrônicos, de acordo com Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024. Para analisar esse panorama, a Silverguard realiza a segunda edição do estudo Golpes com Pix no Brasil, em evento on-line previsto para 12 de novembro, a partir das 11 horas, com palestra de Carlos Brandt, Pix Management and Operation do Banco Central, e apresentação do Raio-X dos Golpes. As inscrições podem ser feitas pelo site de eventos Luma.

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