Orçamento do FNE para 2026 redesenha prioridades no Nordeste
A ampliação dos recursos do FNE evidencia a crescente escala dos investimentos e a vitalidade do fundo como instrumento de desenvolvimento do Nordeste
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) contará com orçamento recorde de R$ 52,6 bilhões em 2026, o que representa um aumento de 11,1% em relação a 2025 e um salto de R$ 29,6 bilhões em dois anos. A ampliação dos recursos evidencia a crescente escala dos investimentos e a vitalidade do fundo como instrumento de desenvolvimento regional.
Na distribuição prevista, a Bahia lidera com R$ 11,1 bilhões do orçamento do FNE, seguida do Ceará, com R$ 7 bilhões. Pernambuco vem na terceira posição, com R$ 6,27 bilhões. O montante reforça o posicionamento estratégico desses estados na alocação de recursos.
Para Pernambuco, os recursos estão assim distribuídos: R$ 1,48 bilhão para Infraestrutura, R$ 1,33 bilhão para Pecuária, R$ 1,31 bilhão para Comércio e Serviços, R$ 1,16 bilhão para Indústria, R$ 758 milhões para Agricultura, R$ 185 milhões para Turismo e R$ 34 milhões destinados à Pessoa Física.
A Sudene e o Banco do Nordeste vêm promovendo encontros com representantes de segmentos produtivos da região para coletar sugestões e alinhar ações ao planejamento do FNE. A rodada de reuniões segue até dezembro.
No Recife, a reunião da semana passada apontou como setores prioritários para 2026 agricultura familiar, energias renováveis, indústria de transformação e inovação, infraestrutura, serviços digitais, saúde, educação, economia criativa e turismo. As diretrizes refletem demandas estruturais e novas agendas voltadas à sustentabilidade, tecnologia e inclusão social.
Também ganharão atenção especial os arranjos produtivos locais, com apoio voltado a associações e cooperativas. O microcrédito e linhas diferenciadas para pequenos produtores e microempresas, sobretudo no semiárido, integram a estratégia territorial do fundo, voltada à superação de desigualdades históricas e fortalecimento das cadeias produtivas regionais.
Abióptica
A Associação Brasileira das Indústrias Ópticas (Abióptica) reduziu de 7,2% para 5% a expectativa de crescimento do setor em 2025. A decisão foi motivada pela queda de 7% no faturamento de agosto, que somou R$ 2,24 bilhões. Segundo a diretora Ambra Sinkoc, os consumidores estão adiando gastos fora da rotina, o que tem impactado negativamente o desempenho do setor.
Cadê a cachaça?
Em meados de agostos, o Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac) previu que o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à cachaça poderia reduzir em 12% as exportações do produto brasileiro para a terra do Tio Sam. As notícias mais recentes dão conta que está cada vez mais difícil achar a bebida por lá, embora o Ibrac não tenha quantificado a redução real nas exportações.
Santa Joana entre os melhores
O Hospital Santa Joana Recife foi reconhecido no Ranking IntelLat 2025 como um dos melhores da América Latina. Ocupou o 42º lugar no ranking geral e lidera entre os hospitais do Norte e Nordeste. A instituição integra a Rede Américas, única com 16 hospitais ranqueados entre os melhores do continente.
Representante Comercial
O Dia Pan-Americano do Representante Comercial será celebrado nesta quarta-feira, no Recife com palestra do publicitário e ex-presidente do Grupo Abril, Walter Longo. O evento, promovido pelo Confere e Core-PE, acontece no auditório do Senac, às 19h, e terá como tema os impactos da IA na representação comercial.
LIDE-PE
No dia 1º de outubro, às 8h45, no Mar Hotel Conventions, o LIDE-PE promove encontro sobre a transformação do mercado imobiliário. O convidado especial será Renato Correia, presidente da CBIC.
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