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A assustadora fragilidade de Náutico e Santa

Na segunda rodada do Estadual, tricolores e alvirrubros demonstraram um futebol bem aquém da tradição de suas camisas e acabaram sendo derrotados por América e Central, respectivamente

Imagens de América x Santa Cruz pelo Estadual 2018Imagens de América x Santa Cruz pelo Estadual 2018 - Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco


O Campeonato Pernambucano começou surpreendente. Náutico e Santa Cruz levaram duas pancadas na segunda rodada. Claro que a fragilidade de alvirrubros e tricolores é e era notória. Mas não se esperava tanto, até porque o Central, algoz do Timbu (3x0), e o América, carrasco tricolor (2x0) também não podiam cantar de galo.

São clubes que vivem de orçamento apertado, em constante dificuldade, muito mais do que seus rivais da Capital. Esperava-se, então, que o timbuzinho e a cobrinha fizessem, ao menos, jus à tradição que suas camisas carregam.

Que nada.

Ambos viram estrelas no Ademir Cunha e no Lacerdão, respectivamente, nesse fim de semana. Já o Sport também sofreu, mas conseguiu vencer, na Ilha, o fraco Afogados da Ingazeira. Com mais dinheiro em caixa, o Leão está um degrau a mais que seus rivais e ainda conta com um treinador experiente, Nelsinho Baptista.

O Pernambucano é um campeonato de tiro curto, cada vez mais espremido entre as datas do Nordestão, e do início da Copa do Brasil. Pelos jogos que vi, de tricolores e alvirrubros, não consigo vislumbrar o horizonte com otimismo. Louvo aqui, apenas, o esforço do técnico Roberto Fernandes para transformar o Náutico em um time. Acho que vai demorar e por isso mesmo apelo para a paciência da torcida e da diretoria.

Fernandes não faz milagre. Tem um grupo bruto em mãos. E vai precisar trabalhar muito. Talvez os resultados nem apareçam nesta temporada. Mas confio neste projeto do Náutico. Ir armando o time enquanto executa a reforma dos Aflitos para voltar a jogar lá. Sou dos que acreditam que o soerguimento alvirrubro passa pelo sagrado gramado da Avenida Rosa e Silva.

Já o Santa Cruz amarga uma fase daquelas. Tininho, seu novo presidente, já experimentou vitórias memoráveis como vice-presidente de futebol. Mas o destino reservou a ele o maior desafio de sua vida como presidente. Ele assumiu um clube quebrado e, politicamente, dividido. Terá de usar toda a habilidade para reagrupar os tricolores mais abastados que sempre ajudaram a direção.

E, obrigatoriamente, não pode se isolar no comando. É preciso descentralizar as decisões, distribuir tarefas. Se tentar resolver tudo sozinho, isolando-se nas tomadas de decisões poderá afundar ainda mais a centenária agremiação tricolor.

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