Dom, 07 de Dezembro

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OPOSIÇÃO

Delegação árabe denuncia 'proibição' de Israel à sua visita à Cisjordânia

O grupo afirmou que esta decisão revela o "desrespeito de Israel ao direito internacional"

Soldados do exército israelense miram enquanto palestinos sentados do lado de fora de uma loja observam durante um ataque em Nablus, na Cisjordânia ocupadaSoldados do exército israelense miram enquanto palestinos sentados do lado de fora de uma loja observam durante um ataque em Nablus, na Cisjordânia ocupada - Foto: Jaafar Ashtiyeh / AFP

Uma delegação de ministros das Relações Exteriores de países árabes denunciou, neste sábado (31), a "proibição" de Israel à sua visita à Cisjordânia ocupada, planejada para o domingo, depois que uma autoridade israelense afirmou que "não cooperará" com tais iniciativas.

Israel controla as fronteiras e o espaço aéreo deste território palestino ocupado desde 1967, exigindo sua aprovação para a visita de diplomatas estrangeiros.

Em uma declaração conjunta, a delegação condenou "a decisão de Israel de proibir a visita do comitê a Ramallah e a reunião com o presidente do Estado da Palestina, Mahmud Abbas", indicou o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia.
 

O comitê é presidido pelo chanceler saudita Faisal ben Farhan e inclui seus homólogos de Jordânia, Bahrein e Egito, bem como o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

O grupo decidiu adiar a visita a Ramallah porque o governo israelense "rejeitou sua entrada por via aérea na Cisjordânia ocupada, um espaço controlado por Israel".

A delegação afirmou que esta decisão constituiu uma "violação flagrante das obrigações de Israel como potência ocupante" e refletiu o "desrespeito de Israel ao direito internacional".

"A Autoridade Palestina, que até hoje se recusa a condenar o massacre de 7 de outubro, pretendia organizar em Ramallah uma reunião provocativa de ministros das Relações Exteriores de países árabes para discutir a promoção da criação de um Estado palestino", disse o funcionário israelense.

"Sem dúvidas, um Estado assim se tornaria um Estado terrorista no coração da Terra de Israel. Israel não cooperará com tais iniciativas que visam prejudicá-lo e minar sua segurança", acrescentou.

Antes do início da guerra na Faixa de Gaza, a Arábia Saudita havia iniciado diálogos com Washington para normalizar as relações com Israel.

Desde então, no entanto, Riade pede o estabelecimento de um Estado palestino, o que distanciou a perspectiva de um acordo.

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