Sáb, 06 de Dezembro

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PROIBIÇÃO

Eslovênia proibirá a entrada de dois ministros israelenses em seu território

Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, parceiros na coalizão governamental liderada pelo primeiro-ministro israelense serão declarados "persona non grata"

Eslovênia proibirá a entrada de dois ministros israelenses em seu territórioEslovênia proibirá a entrada de dois ministros israelenses em seu território - Foto: Reprodução/X

O governo esloveno anunciou, nesta quinta-feira (17), que proibirá a entrada de dois ministros israelenses de extrema direita no país, uma iniciativa apresentada como "a primeira na União Europeia".Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, parceiros na coalizão governamental liderada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, serão declarados "persona non grata" por suas "declarações genocidas, que incentivam a violência extrema e graves violações dos direitos humanos palestinos", segundo um comunicado.

Ambas as autoridades apoiam a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e promovem a "limpeza étnica" nesses locais, assim como na Faixa de Gaza, denunciou o governo centrista.

"Esta é a primeira medida desse tipo na UE; somos, de certa forma, pioneiros", disse a ministra das Relações Exteriores, Tanja Fajon, a repórteres, embora tenha observado que "outros países fora do continente impuseram recentemente proibições de viagem a esses dois ministros".

"Estamos enviando uma mensagem clara ao governo israelense de que o massacre de civis inocentes deve acabar", afirmou.

Em junho, Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega anunciaram sanções contra os dois ministros, que agora estão proibidos de viajar para esses países, medida "condenada" na época pelos Estados Unidos.

A pressão internacional sobre Israel por sua ofensiva em Gaza aumentou nos últimos meses, mas a Eslovênia há muito tempo condena o conflito.

Sua presidente, Natasa Pirc Musar, denunciou o genocídio perante o Parlamento Europeu em maio e, no ano passado, o país reconheceu o Estado palestino, juntando-se à Irlanda, Espanha e Noruega.

Embora quase 150 nações tenham tomado essa medida, a maioria dos países ocidentais não o fez

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