Força da ONU no Líbano denuncia 'disparo direto' de Israel contra suas posições
Em um comunicado, o país expressou sua "preocupação com a recente postura agressiva do Exército israelense contra o pessoal e os ativos da Unifil"
A Força da ONU no Líbano (Unifil) denunciou, nesta quarta-feira (14), um "disparo direto" do Exército israelense contra uma de suas posições no sul do país, o primeiro desde o cessar-fogo entre Israel e o movimento libanês Hezbollah.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano faz parte de um comitê internacional encarregado de monitorar o acordo de trégua que encerrou dois meses de guerra entre Israel e o pró-iraniano Hezbollah, em 27 de novembro.
Em um comunicado, o país expressou sua "preocupação com a recente postura agressiva do Exército israelense contra o pessoal e os ativos da Unifil, perto da Linha Azul", a fronteira de fato entre Israel e o Líbano demarcada pelas Nações Unidas.
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A força da ONU cita um incidente ocorrido na terça-feira "no qual um disparo direto atingiu o perímetro de uma posição da Unifil ao sul da vila de Kfarchouba".
"Esta é a primeira vez que uma posição da Unifil é atacada diretamente desde o fim das hostilidades", acrescentou.
Segundo o acordo, o Exército israelense deveria ter concluído sua retirada do sul do Líbano até 26 de janeiro, e apenas o Exército libanês e as forças da ONU seriam mobilizados na área.
No entanto, Israel mantém cinco posições no sul do Líbano, onde realiza ataques regulares, alegando ter como alvo as infraestruturas ou os membros do Hezbollah.
O movimento islamista, muito enfraquecido, também deve retirar suas forças ao norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense, e desmantelar toda a infraestrutura militar no sul.

