Dom, 28 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Estados Unidos

Governador do Texas sanciona lei de segurança on-line para crianças

CEO da Apple, Tim Cook, chegou a ligar para Greg Abbott a fim de enfatizar a oposição da empresa à proposta que obriga as lojas de aplicativos a verificar idade dos usuários e obtenham aprovação dos pais

Bandeira dos Estados UnidosBandeira dos Estados Unidos - Foto: Reprodução/Pixabay

O governador do Texas, Greg Abbott, sancionou uma lei de segurança on-line voltada para crianças, contrariando a pressão de lobby feita por grandes empresas de tecnologia, que incluiu até uma ligação pessoal do CEO da Apple, Tim Cook.

A medida exige que as lojas de aplicativos verifiquem a idade dos usuários e obtenham a aprovação dos pais antes que menores de idade possam baixar a maioria dos aplicativos ou fazer compras dentro dos apps.

A proposta gerou críticas de operadores de lojas de aplicativos como o Google, da Alphabet, e a Apple, que argumentam que a legislação ameaça a privacidade de todos os usuários.

A questão era tão prioritária para a Apple que Cook telefonou pessoalmente para Abbott a fim de enfatizar a oposição da empresa à proposta, segundo uma pessoa familiarizada com a conversa, a qual foi inicialmente reportada pelo Wall Street Journal.

A legislação foi inspirada no App Store Accountability Act de Utah, que entrou em vigor no início deste ano e impôs exigências semelhantes aos mercados de software, segundo Angela Paxton, senadora estadual do Texas e autora do projeto.

“Isso coloca ferramentas nas mãos dos pais para que possam tomar decisões por seus próprios filhos”, disse Paxton, que, assim como Abbott, é republicana.

O gabinete de Abbott reforçou essa visão, dizendo em comunicado que a nova lei permitirá ao Texas “dar mais poder aos pais para controlar o conteúdo on-line ao qual seus filhos podem ter acesso”.

A Alphabet informou que está avaliando os próximos passos. Já a Apple disse que valoriza a segurança infantil, mas expressou preocupação de que a legislação possa comprometer desnecessariamente a privacidade pessoal.

“Acreditamos que há propostas melhores que ajudam a manter as crianças seguras sem exigir que milhões de pessoas entreguem suas informações pessoais”, disse a empresa em comunicado.

Veja também

Newsletter