Influente senador dos EUA ameaça bloquear venda de armas para a Arábia Saudita
Senador acusa Arábia Saudita de favorecer os russos ao reduzir a produção de petróleo
O poderoso chefe do Comitê de Relações Exteriores do Senado americano, o democrata Bob Menendez, ameaçou nesta segunda-feira (10) bloquear qualquer venda futura de armas para a Arábia Saudita, país que ele acusa de favorecer o Kremlin ao reduzir a produção de petróleo.
"É preciso denunciar a recente decisão do governo da Arábia Saudita de ajudar a apoiar a guerra de Putin (na Ucrânia) por meio do cartel da Opep+", criticou Menendez em comunicado.
A Opep+ reúne os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), incluindo os Emirados Árabes Unidos, liderados pela Arábia Saudita, e outros dez países liderados por Moscou.
Durante uma reunião na última quarta-feira, a aliança decidiu reduzir drasticamente sua produção de petróleo, o que elevou os preços.
Ao se recusar a aumentar a produção de petróleo, apesar dos pedidos dos ocidentais, a Opep+ foi acusada pelos Estados Unidos de apoiar Moscou, que tem interesse em manter os preços altos para financiar sua guerra na Ucrânia.
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Em resposta, Menendez pediu aos Estados Unidos que congelassem imediatamente "todos os aspectos de nossa cooperação com a Arábia Saudita, incluindo a venda de armas".
"Como chefe do Comitê de Relações Exteriores do Senado, não autorizarei qualquer cooperação com Riade até que o reino reavalie sua posição sobre a guerra na Ucrânia", anunciou. "Já basta".
A decisão da Opep+ também é um golpe diplomático contra Joe Biden.
O presidente americano viajou para Jidá, na Arábia Saudita, em julho para uma visita oficial na qual cumprimentou o príncipe herdeiro do reino, Mohammed bin Salman, apesar das críticas de ativistas de direitos humanos.