Dom, 28 de Dezembro

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Irã executou 354 pessoas no 1º semestre de 2023, diz ONG

País é acusado por Organizações de direitos humanos de ter aumentado o uso da pena de morte como forma de reprimir a onda de protestos

O Irã se vê afetado pelos protestos que eclodiram quando Amini, de 22 anos, morreu sob custódia policialO Irã se vê afetado pelos protestos que eclodiram quando Amini, de 22 anos, morreu sob custódia policial - Foto: AFP

O Irã executou pelo menos 354 pessoas no primeiro semestre de 2023, um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com a organização Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega.

Organizações de direitos humanos acusam o Irã de ter aumentado o uso da pena de morte como forma de reprimir a onda de protestos deflagrada em setembro pela morte do jovem Mahsa Amini. Ela estava sob custódia policial, acusada de violar o rígido código de vestimenta que as mulheres devem aderir.

A ONG destacou sua preocupação, porque há um número desproporcional de pessoas de etnias minoritárias entre os executados. Cerca de 20% eram da minoria baluche, que é uma população sunita.

"A pena de morte é usada para restringir o medo na sociedade e impedir outras manifestações", disse o diretor do IHR, Mahmood Amiry Moghaddam.

“A maioria das pessoas executadas é cidadão de segunda classe, das comunidades mais marginalizadas”, acrescentou.

O Irã executa mais condenados do que qualquer outro país, com exceção da China, de acordo com várias ONGs de direitos humanos, como a Anistia Internacional. Em 2022, 582 pessoas foram executadas, uma alta de 75% em relação ao ano anterior, segundo o IHR.

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