Kast diz apoiar "qualquer situação que acabe com ditadura" na Venezuela
Declaração aconteceu após o presidente eleito se reunir, nesta terça-feira (16), com o mandatário argentino, Javier Milei
O presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, declarou que apoia "qualquer situação que acabe com uma ditadura" ao responder se estaria de acordo com uma intervenção militar na Venezuela, após se reunir, nesta terça-feira (16), com o mandatário argentino, Javier Milei, em Buenos Aires.
"Claramente não podemos intervir nisso porque somos um país pequeno [...] mas se alguém fizer isso, que tenha claro que isso resolve um problema gigantesco para nós e para toda a América Latina, para toda a América do Sul", disse o líder de extrema direita em sua primeira viagem ao exterior após vencer as eleições de domingo no Chile.
Nos últimos meses, o governo do presidente americano, Donald Trump, aumentou a pressão sobre seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro.
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Falando sobre os cerca de mais de 300 mil imigrantes em situação irregular no Chile, a maioria venezuelanos, Kast propôs coordenar com outros países da região a criação de "um corredor humanitário de devolução dessas pessoas para seus países".
Nesse sentido, disse ter conversado sobre o tema com Milei, e também os dirigentes de Bolívia, Peru, Equador, Panamá, Costa Rica e El Salvador. "Todos têm plena consciência de que a situação que se vive na Venezuela é inaceitável", disse.
Em seu encontro na Casa Rosada com Milei, que se posicionou como uma referência da ultradireita global, ambos os líderes "estabeleceram prioridades" em temas de segurança e no combate ao crime organizado transnacional, bem como para o fomento do comércio e dos investimentos, segundo a Presidência argentina.
Cerca de sete milhões de venezuelanos emigraram desde 2014, fugindo da grave crise humanitária, política e econômica em seu país.

