Seg, 08 de Dezembro

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Saúde

Mulher sobrevive à remoção de tumor de 18 quilos; entenda o caso

Adriana Pulido se casou meses após a cirurgia de alto risco

Adriana Pulido e marido Adriana Pulido e marido  - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma mulher de 24 anos sobreviveu a uma extensa e delicada cirurgia para a remoção de um tumor de 18 quilos, localizado próximo ao fígado. O procedimento levou ao todo 14 horas por profissionais do Cedars-Sinai, centro médico localizado no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

"O tumor era tão grande e pesado, e envolvia vasos sanguíneos tão essenciais que, se fossem lesionados, seria muito, muito difícil repará-los. E uma lesão como essa poderia levar rapidamente à morte na mesa de cirurgia", disse Cristina Ferrone, chefe de cirurgia do Cedars-Sinai, em um comunicado à imprensa.

Na primeira tentativa para a retirada do tumor — que chegou a deslocar seu coração e pressionar o pulmão direito — Adriana Pulido sofreu diversas complicações.

"Os médicos saíram da sala de cirurgia e disseram à minha mãe que não poderiam prosseguir com a cirurgia porque eu não conseguiria ficar anestesiado sem ficar sem movimento. Disseram que o próximo passo ideal para mim seria um tratamento paliativo", afirma Pulido.

No entanto, os médicos da Cedars-Sinai conseguiram levar à remoção até o fim e a mulher sobreviveu. O que permitiu que meses depois, no fim de junho, que Adriana pudesse se casar.

"Eu me sinto muito bem. Me sinto uma nova pessoa. Vejo o mundo de forma diferente", conta.

A descoberta do tumor se deu em 2023, após Adriana voltar de viagem e começar a sentir muitas dores no estômago. Foram retirados em seguida dois tumores, um do seu ovário esquerdo e outro do direito.

Em seguida, os médicos diagnosticaram Pulido com síndrome do teratoma crescente, que pode ocorrer quando células germinativas ovarianas ou testiculares são tratadas com quimioterapia.

O tecido tumoral cresce rápida e incontrolavelmente, acabando por pressionar órgãos vitais como o coração e os pulmões.

Contudo, o terceiro tumor não foi descoberto rapidamente e por isso cresceu até chegar a quase 28 centímetros.

"Quando ela voltou à clínica um mês depois, toda a equipe e eu ficamos impressionados. Apenas seis semanas antes, ela havia sido trazida para cá em uma cadeira de rodas. Agora ela entrava pela porta. Ela é uma jovem incrivelmente forte e tem uma família que a apoia maravilhosamente", conclui Ferroni.

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