Nave Soyuz MS-27 se acopla à ISS com um americano e dois russos a bordo
A tripulação deve executar cerca de 50 experimentos científicos no espaço, segundo a Roscosmos, antes de retornar à Terra em 9 de dezembro
Uma nave espacial russa Soyuz com um americano e dois russos a bordo se acoplou, nesta terça-feira (8), à Estação Espacial Internacional (ISS), após o lançamento do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, informou a agência espacial russa, Roscosmos.
Segundo a transmissão pela TV da Roscosmos, a nave, pintada em homenagem ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, foi lançada às 10h47 locais (2h47 de Brasília) das estepes deste vasto país da Ásia Central.
A nave levava uma tripulação composta pelos cosmonautas russos Sergei Ryjikov e Alexei Zubritskiy, além do astronauta Jonny Kim, da Nasa (agência espacial americana).
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A tripulação deve executar cerca de 50 experimentos científicos no espaço, segundo a Roscosmos, antes de retornar à Terra em 9 de dezembro.
A agência russa informou que 2.500 turistas acompanharam o lançamento em Baikonur, onde a Rússia aluga o centro espacial ao custo anual de US$ 115 milhões (R$ 682 milhões, na cotação atual), segundo um contrato de arrendamento que vai até 2050.
O espaço é uma das últimas áreas de cooperação entre Rússia e Estados Unidos, cujas relações se deterioraram devido ao conflito na Ucrânia, apesar da recente retomada dos diálogos por iniciativa do presidente americano, Donald Trump.
O setor espacial russo, historicamente um orgulho para o país, enfrenta há vários anos uma falta crônica de financiamento, escândalos de corrupção e fracassos como a perda da sonda lunar Luna-25 em agosto de 2023.
Os problemas, no entanto, não diminuíram as ambições da Rússia, que pretende construir sua própria estação orbital e retomar as missões à Lua.

