Sáb, 06 de Dezembro

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RIO DE JANEIRO

Nova autópsia no corpo de Juliana Marins será acompanhada por perito contratado pela família

Corpo da jovem de 26 anos chegou ao Rio na noite de terça-feira, em translado feito por um voo da FAB. Restos mortais foram levados para o IML no Centro da cidade

Família de Juliana Marins reclama de descaso de aérea no trasladoFamília de Juliana Marins reclama de descaso de aérea no traslado - Foto: Reprodução/@resgatejulianamarins/Instagram

A nova autópsia no corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que morreu ao cair numa encosta no Monte Rinjani, na Indonésia, está sendo realizado na manhã desta quarta-feira. O corpo da jovem foi levado ainda na noite de terça-feira para o Instituto Médico-Legal (IML) no Centro do Rio, onde o trabalho dos peritos é acompanhado por Nelson Massini, perito e professor aposentado de medicina legal, a pedido da família.

A previsão era de que a autópsia começasse por volta das 9h. O perito contratado pelos parentes da jovem chegou ao IML no começo da manhã, sem a presença dos familiares. Ainda não há expectativa de quanto tempo vai durar nem quando sairá o resultado do exame.

Uma autópsia feita na Indonésia cinco dias depois do acidente concluiu que a morte foi provocada por um trauma, com fraturas, lesões em órgãos internos e hemorragia intensa, e que ela morreu 20 minutos após o trauma.

O acompanhamento por um representante da família faz parte de um acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o governo estadual, após determinação da Justiça Federal. A expectativa é que essa nova perícia, a pedido da família, esclareça alguns pontos, como por exemplo a data e horário precisos que Juliana morreu, além de identificar possível omissão de socorro pelas autoridades locais.
 

O corpo da jovem chegou ao Rio uma semana depois da constatação de sua morte. A urna funeral foi trazida do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por um avião bimotor da Força Aérea Brasileira (FAB). O translado entre a Indonésia e o Brasil foi feito num voo da companhia Emirates, que aterrissou às 17h10. No começo da noite o corpo foi trazido para o Rio.

Autópsia na Indonésia
Na Indonésia, a autópsia foi realizada na quinta-feira passada (26), cinco dias após o acidente, pelo Hospital Bali Mandara. Ainda não está claro qual das quedas provocou a morte nem o local exato onde isso ocorreu, dúvidas que a nova perícia pode esclarecer. ( Confira aqui o que falta ser esclarecido.)

Na ocasião, o médico legista responsável não precisou o dia da morte. A família contou que soube sobre o resultado dos exames pela imprensa, apesar de o pai da jovem, Manoel Martins, estar, na ocasião, na Indonésia para acompanhar de perto o resgate e os trâmites para trazer o corpo de volta.

A chegada do corpo ao Rio
O corpo de Juliana chegou ao Rio uma semana após a constatação de sua morte. Uma prima de Juliana estava no aeroporto — a mesma que acompanhou o pai, Manoel Marins, até a Indonésia. Na chegada do avião, ela não conteve as lágrimas. Aos prantos, acompanhou a transferência do caixão da aeronave para o carro da Defesa Civil estadual. Manoel Marins falou ao GLOBO sobre o alívio com a chegada do corpo da filha.

"Sensação de alívio. Agora vamos poder dar a esse infortúnio um encerramento digno", afirmou.

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