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OMS faz alerta sobre gripe K: de sintomas a gravidade, veja o que se sabe sobre a nova cepa

Subtipo do vírus influenza tem sido identificado em diferentes países, mas casos da doença seguem dentro do esperado para o ano, segundo a organização

OMS faz alerta sobre gripe KOMS faz alerta sobre gripe K - Foto: @ wayhomestudio/Freepik

Um novo subtipo do vírus influenza, que ficou conhecido como gripe K, tem chamado a atenção de autoridades de saúde. Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para um “rápido crescimento” nos casos do subtipo desde agosto, em diferentes países.

Ainda que, de um modo geral, as infecções estejam dentro do esperado para a estação do ano, com a chegada do inverno na próxima semana no Hemisfério Norte, a OMS diz que, em algumas regiões do planeta, há aumentos que estão acima do comum e que se iniciaram mais cedo.

“Alguns países relataram inícios precoces da temporada de influenza. Em outros países, a atividade da influenza está começando a aumentar, mas ainda não atingiu o limiar epidêmico”, diz o documento.

As autoridades reforçam a importância da vacinação e que os países mantenham a vigilância epidemiológica para monitorar a atividade do vírus. Abaixo, veja tudo o que se sabe sobre a gripe K.

O que é a gripe K?
O vírus influenza, que causa a gripe, é dividido em quatro tipos: A, B, C e D. Os tipos A e B são os que circulam e causam as epidemias sazonais da doença, geralmente ao longo do inverno. Ambos têm ainda subdivisões.

O tipo B, por exemplo, é separado em duas linhagens, a B/Yamagata e a B/Victoria. Já o influenza A tem uma série de subtipos classificados de acordo com as combinações das proteínas H e N, que ficam na superfície do vírus.

Segundo a OMS, no momento, os subtipos do influenza A em circulação no planeta são o H1N1 e o H3N2. No entanto, há também diferentes variantes desses vírus, chamadas de subclados, a depender da sua composição genética.

É aí que entra a “gripe K”, um subclado do vírus H3N2 chamado oficialmente de J.2.4.1. Essas variações são esperadas e fazem parte do processo evolutivo do influenza. Por isso, a necessidade de atualizar a composição das vacinas a cada ano.

Onde a gripe K está circulando?
De acordo com o alerta da OMS, baseado em dados do GISAID, plataforma em que pesquisadores de todo o mundo registram as identificações de diferentes vírus, “houve um aumento recente e rápido” da gripe K em diferentes partes do planeta.

“As detecções de vírus do subclado K estão aumentando em muitas partes do mundo, com exceção, até o momento, da América do Sul. Os vírus do subclado K foram particularmente evidentes a partir de agosto de 2025 na Austrália e na Nova Zelândia e agora foram detectados em mais de 34 países nos últimos 6 meses”, diz.

Em comunicado, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirma que, segundo os os dados mais recentes, o subtipo “cresceu rapidamente na Europa e em vários países da Ásia, onde representa uma proporção importante dos vírus de influenza A(H3N2) analisados”.

“Na América do Norte, Estados Unidos e Canadá também registram um aumento progressivo de detecção do subclado K. Até o momento, não foi observada circulação semelhante na América do Sul”, continua.

A gripe K é mais grave?
Até o momento, as informações disponíveis não indicam que a gripe K seja mais grave do que a doença comum. De acordo com a Opas, as autoridades sanitárias dos países em que o subtipo do vírus está em circulação “não relataram mudanças significativas na gravidade clínica” da doença.

Quais os sintomas da gripe K?
De acordo com as autoridades de saúde, também não foram identificados ainda sintomas diferentes que sejam associados especificamente à versão K do vírus da gripe. Por enquanto, os sintomas seguem os mesmos de uma infecção comum. Segundo o Ministério da Saúde, são eles:

As vacinas protegem contra a gripe K?
Embora os dados sobre o grau de eficácia da vacina especificamente contra a gripe K ainda sejam limitados, estimativas iniciais apontam que a imunização continua a proteger contra doença grave, especialmente entre os indivíduos mais vulneráveis.

“Mesmo que existam algumas diferenças genéticas entre os vírus da influenza em circulação e as cepas incluídas nas vacinas, a dose sazonal contra a influenza ainda pode oferecer proteção (...). Ainda se espera que a vacinação proteja contra doença grave e ela continua sendo uma das medidas de saúde pública mais eficazes”, diz a OMS.

Segundo a organização, a composição atual da vacina indicou ser de 70 a 75% eficaz em prevenir atendimento hospitalar entre crianças de 2 a 17 anos, e 30% a 40% entre adultos.

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