Ter, 16 de Dezembro

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OPINIÃO

Importância dos rankings internacionais para a advocacia regional

A advocacia empresarial denominada regional – fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro – tem mostrado uma grande pujança, impulsionada pelo crescimento da economia em regiões como o Nordeste, cujo PIB deve ganhar mais tração com atividades como energia renovável, exploração de gás natural e petróleo, concessão de aeroportos e uma série de privatizações de companhias de energia elétrica e de saneamento.

Pernambuco, especificamente, registra expansão em segmentos como a indústria de alimentos e bebidas, derivados de petróleo e biocombustíveis, veículos automotores, têxtil, tecnologia e games, turismo e agropecuária em geral. Escritórios locais, por sua vez, têm se destacado em diversos aspectos de inovação, notadamente na implementação de tecnologias e práticas digitais de maneira bastante estratégica, inspirando bancas de outras partes do Brasil. 


Para alçar novos voos no país e mesmo em mercados internacionais, é preciso ganhar visibilidade. Nesse sentido, os rankings jurídicos têm sido uma das principais demandas. No passado, o assunto interessava especialmente aos grandes escritórios, muito em decorrência do atendimento a clientes estrangeiros. Hoje, a participação nessas publicações cresce a passos largos, e desperta o interesse de escritórios dos mais diversos tamanhos, abrangência de áreas e regiões do Brasil, incluindo os de Recife e de demais cidades do estado. 


Esse movimento é extremamente favorável por possibilitar um resultado que represente melhor as diferentes forças da advocacia brasileira. Por outro lado, ainda impera a falta de alinhamento nos processos de submissão aos rankings internacionais, geralmente por desconhecimento do processo, da dinâmica das diferentes pesquisas e da necessidade de estratégia.


O processo parte de analisar genuinamente se a área e seus advogados são competitivos em determinada prática, pelo profundo conhecimento do mercado de atuação. É primordial entender bem as regras, procedimentos e modelo de negócio das publicações.   


Por mais que se tenha uma narrativa incrível sobre a prática, ela terá que ser legitimada por casos/operações relevantes e, acima de tudo, pelo real valor percebido pelos clientes.   


Outros pontos importantes são: filtrar informações e preencher os formulários de forma clara e objetiva, explorando o que realmente é relevante e distingue a atuação do escritório e do profissional; preservar a confidencialidade de informações sigilosas; e priorizar, na seleção, clientes que legitimem a qualidade dos serviços e de atendimento das áreas e dos advogados.


Os rankings certamente validam a relevância das sociedades de advogados, mas, certamente, não são a única forma de atestar a qualidade ao cliente e gerar novos negócios. Portanto, é preciso considerar a participação nessas publicações como parte de um conjunto de estratégias de marketing e de desenvolvimento de negócios, de forma que efetivamente contribua para os objetivos de cada escritório.



* Sócia-fundadora da AGomes Marketing e Desenvolvimento de Negócios. ([email protected])

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