Oito décadas efetivadas no grandioso bem
Fluiu, no coração de uma amada filha de Deus, (e toda humanidade o é), a Senhora Dília, casada com o médico desta capital José Henriques, auxiliar de indigentes hospitalizados, ante a carência àquela época. Certamente, inquietada com a situação factual dos indigentes de hospitais, por prováveis diálogos com o seu marido, podendo ter sido, até ele mesmo, decerto e talvez, a semente plantada e ali germinada no coroamento do coração dela. E o acolher desse apelo interior desaguou no convite às treze amigas para comparecerem à sua residência, Rua Manoel Arão, 115, bairro do Espinheiro, nos idos daquela longínqua sexta-feira, à tarde, do dia 09 de novembro de 1945.
Mencionou a dona da casa tal realidade àquelas que, após a menção de carência dos enfermos, na mesma tarde, no terraço que as abrigava, foram as companheiras unidas à comunidade, de logo ali fundada. Assim, à agraciada mente de Dona Dília se fez muitíssimo inspirada, no relato ao grupo, da situação precária dos enfermos hospitalizados. Após à sua proposição, expondo fatos de realce aos reparos pela necessidade de apoio aos doentes, todas, sensibilizadas, aquiesceram em colaborar, e nascia a Sociedade de Assistência ao Indigente Hospitalizado, SAIH.
Em apelo à história, foi convencionado pelos presentes dirigir a própria sessão a Senhora Dilia, como ali, de fato, ocorria, e a secretariar Dona Maria de Lourdes Goes Hinrichsen, chamada carinhosamente de Lourdinha, também a oradora. Os cargos da Diretoria foram assim distribuídos: a anfitriã Dona Dília foi eleita presidente, como devido e por todo direito, sendo a sua vice a Senhora Maria Esther Souto Carvalho, minha mãe. Ocupou a função de primeira secretária Anita Valença Rodrigues, sendo a segunda Zilda Henriques Lambert, coube ser a tesoureira Ada Alimonda, sendo seguida de Lígia da Silva Bruhu e a oradora Maria de Lourdes Goes Hinrichsen, antes mencionada. As demais foram as conselheiras Almerinda Meira, Elmira Pinto, Maria Gerusa Souto Malheiros, minha madrinha e tia, a única irmã de mamãe, Marina da Silva Reis, Paulina Turton e Vitória Goes Bezerra de Melo.
De logo, agiram em algumas poucas unidades hospitalares, atuando em benefício de pessoas precisadas até de elementos essenciais ao viver, a alimentação, senão adequada, ao menos a nutrir, no possível, com vistas ao asseio e medicamentos.
Reuniram-se na Sociedade de Medicina, na sede da Cruz Vermelha e nas casas das diretoras para atuarem na Santa Casa de Misericórdia, Hospitais Pedro || e Santo Amaro por não terem sede própria.
Também, não tinham já convergido direcionar à atuação específica que, passo a passo, foi delineando-se. E após concluído, num curto período, serem os mais carentes os cancerosos. Pode até ali, em 1946, ter influenciado a doação de um aparelho moderno ao Hospital de Santo Amaro, para ajudar no tratamento do câncer. Iam eles também para lá. Compreendido serem os mais necessitados os cancerosos, surgiu a ideia de edificar junto, um pavilhão exclusivo a tratar dessa moléstia, tendo o Sr. Jorge Correa de Araújo cedido, pela Santa Casa de Misericórdia, um terreno. No dia 02 de fevereiro de 1947 foi lançada a pedra fundamental para construí-lo, cujas obras foram iniciadas em 01 de setembro de 1947 com a finalização em 1951, tendo o substancial reforço de meu pai Adelmar da Costa Carvalho, a atuar - significativamente- ali, inclusive em edificações! Doou o Pavilhão Georgina de Oliveira Carvalho, nome de sua mãe, com duas modernas salas de cirurgia, inaugurado em 20.08.1956 e o Vânia Carvalho em 01.05.1972. Depois, pleiteou ao poder público recursos para um ambulatório e, sem sucesso, ele o financiou, tendo sido dado o seu nome na inauguração, em 25.09.1962. Chegou atender 1.500 pessoas por dia. Foram incontáveis os benefícios efetivados, inclusive em campanhas, ao lado das senhoras da SPCC para obter recursos. Vale salientar que foi Deputado Federal em 4 legislaturas e sendo fiel ao que entendia e publicou, nunca recebeu ajuda de custo ou subsídio parlamentar. Doou sempre às instituições e muito àquela abrigada a seu coração.
Na gestão de 1946-1947, em sequência, a Presidente Dilia e a sua vice Esther, permaneceram, com alguma mudança dos cargos, ingressando a Sra. Clotilde Romeiro, como a Secretária Primeira, e sua Vice D. Ada Alimonda, já estava. D. Lourdes seguiu como tesoureira, e entrou a segunda, D. Zilda Álvares. Assim, duas novas integraram a Diretoria. Em 1948, continuaram ambas à frente da SAIH a Presidente Dília e a Vice Maria Esther, houve acréscimo de duas pessoas com troca de incumbências entre algumas da primeira gestão.
Naquele mesmo ano, as responsabilidades assumidas dia a dia fizeram com que essa sociedade filantrópica fosse reestruturada, transformando-se em 09 de novembro de 1948 em Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer. E houve a troca sucessiva da Presidência, igualmente em três mandatos, exercendo-a Maria Esther Souto Carvalho e neles Dilia teve função de secretária geral. Assumiu a vice-presidência na primeira gestão Zara Miranda, que era ainda Cunha Rego. Na segunda, Maria de Lourdes Goes Hinrichsen e na terceira Maria Lúcia Brandão da Silveira, que ingressara desde a nova mudança societária. Também Consuelo Barbosa e minha avó Francisca, mais conhecida como Chiquita Souto, naquele início da SPCC. Outras senhoras entraram e saíram. Na gestão de 1948, houve a participação de Elza Campozana, como primeira secretária e oito conselheiras.
Recordo, nos meus 82 anos, de ver as amigas de minha mãe, no terraço da casa de Elza, na Avenida Rosa e Silva, sentadas, abrindo meio ponto nos lençóis já cortados. E Marielza, sua filha, de saudosa memória, era amiga e companheira nas aulas de dança desde os 5 anos e, depois, em 1953, no Colégio das Damas da Instrução Cristã, atual Colégio Damas.
E Na etapa de 1952 a 1954 duas irmãs entraram na estrutura societária da tesouraria Maria do Carmo (Carminha) a suceder a Maria de Lourdes de Melo Alves, tendo ali Maria Cristina Dubeaux Paes Barreto e Eva Queiroga de Carvalho como 1ª e 2ª secretárias e Lúcia Renda numa nova função criada de arquivista.
Com a atuação direcionada à causa já definida, inúmeras atividades eram muito exercidas. De apelo à memória, lembro de ter utilizado o microfone, num dos estabelecimentos da Avenida Guararapes, (antiga 10 de Novembro) talvez na Caixa Econômica, ou prédio ao lado, alertando sobre os 7 ou 10 sinais de alarme. Provável exercido em férias escolares. Entre outros dizia, anemia, caroços ou zonas endurecidas, dificuldade de engolir, feridas sem cicatrizar, hemorragias, rouquidão permanente e ou tosse sem razão aparente etc. Ficava empolgada participar! Com 12 anos, adolescente, desfilei no Clube Internacional do Recife, e nunca mais. Eram inúmeras as festividades com objetivo de angariar renda aos mais variados fins societários!
Nos dois biênios subsequentes 1954 a 1956 até 1958 a presidência comandada por Lúcia Brandão da Silveira teve como vice Lúcia de Souza Leão Gouveia, nos dois períodos, e as minhas mais próximas: tia e madrinha Gerusa, como secretária Geral e mamãe 1ª tesoureira e a 2ª Maria de Lourdes Coimbra, colega sua de colégio, Nise Pontual de Moura, Inalda Rodrigues de Souza, Mercedes Sá Pereira Maia e Aliete Gouveia de Freitas, com outras anteriormente já citadas, inclusive a minha avó materna Chiquita, mas não Dulce de Souza Leão Sampaio, irmã da vice presidente Lúcia, no segundo biênio de 1956 a 1958.
Já no seguinte, 1958-1960 é presidente Nise Pontual de Moura, e Esther sua vice, quando ingressa à diretoria Lybia de Queiroz Maranhão, como 2ª tesoureira, Carmita Brito e Silva arquivista. É a vez dos homens participarem, sendo consultores Hugo de Azevedo Marque em arquitetura e Vicente de Paula Phaelante da Câmara no jurídico. Comissão Fiscal: José Paes, Júlio Maranhão Filho e Petrônio Barbosa.
Na gestão de 1960-1962 Dulce Souza Leão Sampaio exerceu a presidência e meu pai, por atuação, justiça e mérito foi assessor técnico, minha avó Chiquita conselheira espiritual. Permanecem as mesmas pessoas, com troca de cargos. Ingressa Plicinha de Melo Sarmento e Miguel Vita no Conselho Fiscal
De 1964-1970 a presidência em três sucessivos mantados se faz sob o nome de D. Esther, sendo consultor espiritual Dom Helder Câmara, antecedido de outros sacerdotes. Foi Lucia a que sucedeu, presidindo a SPCC quase uma década e noutra e meia retoma D. Esther até o cinquentenário da Instituição. Outros nomes e braços fortaleceram ainda não mencionadas e, assim, Cecy Caldas, Mariza Passos, Terezinha Soares, Zilda Carvalho e outras. E cabe destaque a Maria Regina Neuenschwander, vindo de São Paulo em 1973, trazendo a experiência adquirida e vivida ao incrementar o trabalho já existente, sob o nome de Rede Feminina de Combate ao Câncer, implantando-a em 1975 na capital do agreste nordestino Caruaru. Depois, em sucessivos municípios, a exemplo de Agrestina, Arcoverde, Garanhuns, Jaboatão dos Guararapes, Limoeiro, Nazaré da Mata, Olinda, Riacho das Almas, Surubim, Tracunhaém e Vitória de Santo Antão para estes citar. As Redes interioranas tinham anuência na do Recife, suscitando o calor humano de apoio a quem tanto necessitava. E o cargo de presidente estadual coube a Lybinha, ali chamada, carinhosamente, por todos. Num dado momento, Cecy Caldas presidiu as Redes do Interior e Esther a do Recife.
Há de ser ressaltada a memória da grande generosidade de Lybinha - Lybia de Queiroz Albuquerque Maranhão - que doou todo o cimento para a construção do IMEC - Instituto de Medicina e Cirurgia, que foi ampliado a obter o seu anexo em 1990. Partiu do seu coração doar todo aquele cimento. E o seu filho, quando falecido, teve o seu nome ali dado ao Centro Cirúrgico Júlio Maranhão. Antes, a partir de 1973, funcionava com uma estrutura simples e foi modificado com um acréscimo anexo, concebido para receber pacientes particulares a contribuir com os custos hospitalares. E, modernizado, passou a ser uma fonte de receita para o Hospital. Isso se deu na gestão de Otacílio Araújo, quando diretor do HCP.
Paula Meira, a minha filha primogênita, foi por mim bem incentivada de lá ingressar, como voluntária, até pela minha impossibilidade profissional, por tempo, de ser. E, assim, suscitei ela dar continuidade ao permanente trabalho de sua avó Esther, e antes, tanto quanto do seu avô Adelmar.
Lá, muito dedicada, Otacílio descobriu a sua força e a garra ao trabalho, herdada de seu avô, e a convidou para uma função de permanência, como Coordenadora de Captação de Recursos. Ela se empenhou e muito bem a desenvolveu, a atuar como o seu avô Adelmar, a fim de ainda angariar fundos. Entre outras atividades, fez as campanhas. Ora, lembro três, para só elas citar, sendo uma das primeiras, um chá beneficente, à tarde, na Blue Angel, do Benfica, àquela época. Com o seu poder de argumentar, que sempre se faz, e a todos que o tem, pela graça concedida por Deus àquelas pessoas, relatou grandes dificuldades da instituição e o obtido daquele evento seria para auxiliar reformar o teto danificado do Pavilhão Vânia Carvalho; anteriormente era destinado às crianças cancerosas, e ali abrigava doentes sem finalidades terapêuticas.
Regina Lundgren, comovida, doou a parte que lhe seria destinada, obtendo a totalidade financeira o intento almejado!
Outra campanha foi feita com apoio da Shell, em postos de gasolina, com a participação de Miguel Falabela, no - abasteça para a vida - e deu bom lucro!
Mais uma se fez para arrecadar vidros, em grandes recipientes, distribuídos em toda cidade do Recife, em parceria com a CIV - Companhia Industrial de Vidros do grupo Brennand. Favoreceu, entre outras efetividades, obter recursos para o anexo do IMEC, com centro cirúrgico novo, suas 7 salas, entre outras realidades. Houve parceria social.
Também, Xuxa vindo a Recife doar umas kombis do Programa Papa Tudo, autografou uma camisa, dando origem a mais uma campanha feita por Paula: - Eu visto esta camisa - E ela promoveu um almoço para rifar àquela autografada, rendendo uma excelente soma.
Tudo isso acompanhei, e ainda em inaugurações, no longe perto do viver, na roda gigante de ter ou não recursos, pela inexistência de verbas ou por seus atrasos, muitas vezes constantes. Isso desde jovem.
Cumpre mencionar permanecer à germinação da origem, frutos de inumeráveis vertentes, no relato de tão precioso bem, culminando no Hospital de Câncer de Pernambuco!
Em dias atuais comemorou, recentemente, 80 anos, a abrigar áreas afins, departamentos e gestões, em setores estratégicos, sempre a acrescer com amplitude em prol dos irmãos fraternos!
Ao ensejo de mencionara as oito décadas, em apelo à memória, hei de lembrar a minha mãe, num belo, longo e permanente abraço à causa, que fez parte integrante de toda a sua vida, numa fidelidade sem par, dos 28 aos 92 anos, com atividade permanente e razão de viver!
É importante registrar que, sendo fundadora, desde o primeiro momento, foi a única, das 13 senhoras iniciais, a permanecer na Sociedade até o final de sua vida! As demais saíram todas, poucos anos depois de instituída a primeira Sociedade SAIH. E, ao decurso do tempo, integraram outras senhoras já mencionadas, por registro de gratidão às suas atuações, em memória, no marco de 80 anos! Mas, à exceção de minha mãe, decidiram em conjunto, elas todas, ao atingirem os 70 anos, no ano 2002, saírem da SPCC. Dona Esther, porém, negou-se acompanhá-las e permaneceu, até o final de sua vida, noutras diretrizes. E a sua fidelidade à causa abraçada é algo que já transcende, sendo uma sua qualidade a se fazer fruto da minha grandiosa admiração!
E ao falecer, abrigado lá teve o seu corpo no velório, tendo-o saído da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Ambulatório Adelmar da Costa Carvalho, ao túmulo da família, na rua principal do Cemitério de Santo Amaro, atendido o seu desejo de assim ser, sempre ratificado.
Paralelo às senhoras, os médicos diretores foram imensos e intensos, efetiva e sucessivamente, em atuar no que fizeram!
No início, o primeiro Dr. José de Albuquerque Henriques, marido de Dona Dília, de 1948 a 1954. Foi na sua gestão concluído, em 1951, o que se denominou o Pavilhão dos Cancerosos com 15 leitos, pela doação de meu pai e foi o primeiro erguido.
A seguir, o Dr. Waldemir Lopes de 1955 a 1956, deu o seu melhor.
Dr. Jaime de Queiroz Lima, meu compadre, padrinhos, com Zita sua mulher, de minha filha caçula Renata, teve belo comando e ali dirigiu por 14 anos. Creio, substituído por Dr. Ivo Rosler, ainda em excelência. Depois, Jairo Pozzi, deu o seu quinhão.
Dr. Otacílio Araújo, de 1985 a 1996 muitíssimo fez, e apenas cito o ano 1993, um encontro informal com o físico Homero Cavalcanti idealizaram ser autônomo o serviço de Radioterapia, possibilitando conveniar a particulares. O mais é o SUS.
Veio o Dr. Leonardo Arcoverde e deu a sua ótima colaboração.
E já depois, foi escolhido pelas voluntárias para ser Presidente de Honra no Congresso Nacional de Voluntariado, homenageando D. Esther, Jaime e Eduardo Campos.
Fez com tal magnitude que, no longo tempo ido, hoje visualizo tela da memória, aquela bela, justa e merecida homenagem a eles!
A seguir, Eriberto Marques ofertou a sua ótima parcela colaborativa.
Quando indaguei a Paula como Eduardo Campos conheceu o Hospital, ela me contou que ele era Secretário de Governo do seu avô Miguel Arraes e, numa tarde, uma grupo grande de senhoras foram até o Palácio Campos das Princesas e foi a espera muito longa, pelo que todas desistiram, indo embora. Paula ficou para falar em nome delas. Eduardo a recebeu ela o convidou a conhecer o hospital. Ele logo foi no dia seguinte pela manhã, não o conhecendo. A partir daí, seu olhar benevolente se fez efetivar e um carinho especial brotou do seu coração naquele ano de 1995, do cinquentenário. Possibilitava tudo que pudesse. Havendo um leilão direcionava para lá, entre outros benefícios.
Nos primeiros meses de um novo ano havia sempre algumas mudanças, geralmente em março. E naquele de 2007, em abril, uma terrível crise deu origem a uma intervenção governamental. Ela foi confiada às mão de um grande gestor o Dr. Francisco Saboya de Albuquerque que atendeu àquilo objetivado, com pulso forte e determinação de valor ao sucesso entre 2007 a 2013. Só algo não se fez a favor na sua preciosa diretriz, no meu sentir. Retirou as placas existentes e as substituiu por outras com nomes de Santos, numa linda espiritualidade! E embora eu seja muito religiosa, as anteriores placas nominavam pessoas e faziam parte da bela memória a ser conservada! Por isso, sempre que ia para algum evento, falava a respeito. Pedia, como ora o faço, com humilde solicitação, de haver um local ou uma parede com todas elas ali resgataras a fazer existente a memória do que foi desde seu início. Prosseguiu a intervenção com o Dr. Iran Costa Júnior que nada ficou a dever à primeira já efetivada, no melhor de si!
Dr. Ricardo Rodrigues de Almeida ingressou como Presidente do Conselho de Administração em 17.08.2017 e faz uma belíssima atuação, a merecer todos os aplausos, que hão de ser divididos com o Dr. Sidney Batista Neves, no cargo de Superintendente Geral desde o dia 02.01.2023!
E o que dizer do corpo clínico, dando sempre o seu melhor por competência, em prol dos que padecem vitimados pela doença crônica degenerativa?
A Sociedade mantenedora da antiga Clínica de Câncer, que foi a embriã do Hospital de Câncer de Pernambuco foi sob a sugestão do Dr. Adônis Carvalho, médico entre os diversos ora referidos: Dr. Almir Couto, Dr. Djalma Oliveira, meu amigo, criador do CEON - Centro de Oncologia, Dr. Esdras Marques, Dr. Getúlio Isidoro Rocha, Dr. Joaquim Branco, Dr. Josué Alves, Dr. Luiz Gonzaga Tavares de Barros, Dr. Luiz Mário Calheiros, Dr. Mário Monteiro, Dr. Paulo Vicente, Dr. Roberto Vieira, Dr. Rômulo Falcão, Dr. Rui Pinto Cunha e tantos outros!
E a mencionar o lado femenino, três médicas ora representam as demais. Eis: Dra. Fátima Araújo, na Hemoterapia, Dra. Mercês Cunha, na Patologia e Dra. Yara Lira, na Mastologia, Depto. de Mama. Ainda, a Dentista Dra. Evilásia Marques, irmã de Dr. Eriberto, no setor de Cabeça e Pescoço.
O Hospital foi crescendo, concomitantemente, com os avanços da medicina, no que se inclui os profissionais a comandar inúmeras vertentes! A Radioterapia passou à Quimioterapia e às cirurgias de alta complexidade.
Doado Aparelho de Raio X Diagnóstico pela Loteria, no governo de Joaquim Francisco. Também a Bomba de Césio, doada pela Loteria no governo de Nilo Coelho.
O Serviço Social Organizado foi iniciado em 1946 indo, acredito, até 1974. Mas, o voluntariado é uma onda de amor crescente!
E a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pernambuco, em 2003, formalizou-se, filiando-se à Rede Feminina de Combate ao Câncer Nacional. E 20 Redes são distribuídas nos Estados do Brasil, atuando com mais de 20 mil voluntários.
Exerceu a Presidência antes da atual, Dona Marta Celina e, num curto período de seis meses, um voluntário masculino, chegando em junho de 2012 a ficar no marco comemorativo dos 80 anos a Presidente da Rede Femenina de Combate ao Câncer D. Maria da Paz Azevedo Silva. Para a sua bela atuação, ela conta com a sua vice-presidente Enídia Tenório de Holanda, um braço de apoio. Também as secretarias a 1a Cristina Gouveia e a 2a Bernadete Ferreira. Às tesoureiras 1a Maria Ferreira e 2a. Nancy Queiroz. Há o trio no Conselho Fiscal entre o Sr. Francisco e o Sr. Getúlio, D. Tânia Guerra. E como Conselheiro o Sr. Manuel Meirelles.
No Recife, há em torno de mais 200 voluntários, sendo 60% homens e 140 a 150 % mulheres. E no decurso de cada semana, de segunda à sexta-feira há o labor sucessivo de 40 voluntários distribuídos entre alimentação: chá, lanches e sopa, grupo de atendimento às enfermarias, grupos da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, as oficinas várias de artesanato, costura, crochê, peruca e rendarte para estas apontar.
Márcia, minha irmã, foi voluntária por vários anos.
A finalizar, segue o caminho já traçado e abençoado por Deus, num tão carente, envolvente e valoroso trabalho de múltiplas mãos, desde a assistência em todos os níveis a atender, do mais simples a atuar, no asseio, na cozinha, na limpeza, no apoio da enfermagem, às enfermeiras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, funcionários do serviço social, nutricionistas, paramédicos, psicólogos, servidores da administração em geral, ora fazendo memória do tão prestimoso agir em auxílio às gestões
administrativas de Lenita, que partiu, e atendia a tudo e a todos, no que estivesse a seu alcance, visando o fim ali desejado. E, por fim, concluo com os técnicos de laboratório, para só estes relacionar entre outros que haja.
Da ideia à realização dela no SAIH, o alicerce fundante no trilhar de valor inestimável a edificar em concretude a SPCC - Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer, mantenedora da antiga Clínica de Câncer, que foi a embriã do admirável Hospital de Câncer de Pernambuco, em sua história de 80 anos, aqui registrada no Dia Nacional de Combate ao Câncer e de N.S. das Graças protegendo, a servir hoje e sempre aos filhos amados de Deus, Amor de todo Amor!
