Padre Arlindo entrega 2 mil cestas básicas e muita esperança nesse Natal
Famílias terão um Natal de amor e esperança com a Campanha “A Fome Não Pode Esperar”
Levar esperança e sorriso para tantas famílias, esse é o brilho nos olhos e a força que movem o Padre Arlindo, pároco de Tamandaré, com a sua campanha “A Fome Não Pode Esperar”. Nessa edição de Natal, dia 20 de dezembro, o sonho foi concretizado em forma de 2 mil cestas básicas, 2 mil quilos de cortes de frango, e 15 mil ovos que, somados, totalizam 33 toneladas de alimentos.
O desafio de ver tantas famílias sofrendo os efeitos crônicos de uma realidade gritante de 86% da população (segundo banco de dados do governo do Estado), que vive do trabalho informal, sem carteira assinada, e que foi agravada com os efeitos econômicos da pandemia, move o padre a querer transformar tal cenário.
A ele, somam-se centenas e milhares de doadores, de empresas, de parceiros que acreditam no sonho de ver o mundo melhor, com mais dignidade e alimentado. É missão abraçada por muitos, como Clara Lemoine, para quem ser voluntária “é cuidar de todas as esferas, de todos os âmbitos, da minha vida, enquanto cristã e cidadã global, e cuidar do próximo. Cuidado que também se traduz em ser voluntária é se sentir útil ao próximo que tanto precisa, me sinto feliz ao fazer parte desse momento."
É por isso que “estar sensível em períodos de catástrofe é comum e natural, mas ser sensível o ano inteiro é desafiador”, afirma o padre Arlindo. É somente o sentimento de se doar, de se entregar.
Num clima de alegria, com música e sorriso nos lábios, voluntários ajudaram na entrega que começa na véspera com a distribuição de senhas nas comunidades mapaeadas e mais carentes da cidade. As famílias recebem essas senhas com hora marcada e distribuídas ao longo do dia para que não haja aglomeração. Uma a uma para receberem o seu alimento, de forma ordenada e sem formar aglomeração ou retenção de filas. Tudo sempre com o cuidado e o cumprimento das regras de proteção à saúde exigidas pelo momento em que o mundo vive.
Campanha
O sacerdote iniciou a mobilização como uma forma de amenizar a dor e o sofrimento de quem ficou privado de prover o próprio sustento com o isolamento social decorrente da pandemia.
Essa edição de Natal é também um momento de celebrar a abundância derramada ao longo do ano numa cidade de extrema vulnerabilidade social, edição que veio em forma de muita alegria. Era preciso comemorar tantos alimentos recebidos, tantos voluntários que se doaram e milhares de doadores que contribuíram neste ano. É assim que celebra o padre Arlindo: “para mim, a melhor maneira de enfrentar os riscos dessa pandemia é matar a fome de tanta gente. Isso previne o coronavírus, pois um povo alimentado e forte está preparado para vencer uma pandemia. Isso também gera imunidade e alegria”.
Desde que o pároco reiniciou a campanha este ano, há pouco mais de nove meses, já foram 300 toneladas de alimentos, distribuídas em 17 mil cestas básicas, 245 mil ovos, 4.000 kg de frango, 11.300 mortadelas, além de três toneladas de produtos de limpeza e três toneladas de guloseimas.
Proteção
Para a ação, foi montada toda a estrutura na Matriz de São Pedro, com toldos, disciplinadores, para a entrega segura dos alimentos. Voluntários foram equipados com máscaras, batas, luvas, toucas e munidos de álcool 70%. Já quem recebeu os alimentos, teve as mãos higienizadas com álcool 70% e observada a distância recomendada pelas autoridades sanitárias.

