Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
SAÚDE

Pessoas que vivem nos litorais podem viver mais, aponta estudo; entenda

Pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, publicada na revista Environmental Research, sugere que longevidade é maior perto da costa que em outras regiões

Praia de Boa Viagem Praia de Boa Viagem  - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Viver perto do mar pode ser a chave para uma vida mais longa? Uma nova pesquisa publicada na Environmental Research sugere que sim. De acordo com o estudo, realizado pela Universidade Estadual de Ohio, pessoas que moram próximas à costa tendem a viver mais do que em outras regiões, como nas cidades sem litoral ou áreas urbanas próximas a rios e lagos.

A equipe analisou registros do censo de 66.263 pessoas e descobriu que morar perto da praia estava associado a uma vida mais longa, com uma expectativa de vida de cerca de 80 anos, enquanto aqueles que viviam em áreas urbanas próximas a rios e lagos tendiam a viver cerca de 78 anos.

Os pesquisadores acreditam que vários fatores podem explicar essa diferença, incluindo:

Clima mais ameno nas regiões costeiras

Melhor qualidade do ar

Mais oportunidades de lazer

Status socioeconômico mais alto devido ao valor das propriedades e custo de vida

No entanto, quando se trata de viver perto de águas interiores, os resultados variam. Morar perto de rios ou lagos em áreas rurais pode aumentar a expectativa de vida, mas não tanto quanto morar na costa. Já em áreas urbanas, os benefícios para a saúde parecem ser anulados pelas desvantagens de viver em centros urbanos, como poluição e falta de oportunidades seguras para atividades físicas.

 

Os pesquisadores concluíram que a natureza pode trazer ganhos significativos para a saúde e a expectativa de vida, mas que isso é apenas uma parte de um cenário mais amplo que envolve muitos outros fatores.

“Achávamos que qualquer tipo de espaço azul poderia oferecer benefícios, e ficamos surpresos ao encontrar uma diferença tão marcante e clara entre quem vive próximo ao mar e quem vive perto de águas interiores”, afirmou Jianyong Wu, cientista de saúde ambiental da Universidade Estadual de Ohio.

Veja também

Newsletter