Polícia investiga morte de advogado em Lagoa de Itaenga
A suspeita é de que os envolvidos no crime sejam clientes do advogado
A Delegacia de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte do Estado, dará início, nesta segunda-feira (30), às investigações sobre o assassinato do advogado criminalista Fábio Jorge Coelho de Farias, de 36 anos. Ele foi morto a tiros, com disparos na nuca, na área central da cidade, que fica a 72 km do Recife. Embora a Polícia Civil tenha declarado, por meio de nota, que "não há informações suficientes para definir a motivação do crime", a equipe plantonista responsável por registrar a ocorrência indicou que o crime teria relação com a atividade profissional da vítima. Mesma possibilidade, inclusive, que acreditam os familiares do advogado. O crime ocorreu por volta das 20h30 do último sábado.
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A linha de investigação foi julgada como a mais provável, uma vez que os pertences da vítima, que atuava havia cinco anos como advogado criminalista no município, não foram levados. A suspeita é de que os envolvidos no crime sejam clientes do advogado. "A gente temia que isso viesse a acontecer por ele ser advogado criminalista. Para nós, qualquer cliente é suspeito", declarou Fernando Farias, 28 anos, único irmão da vítima. Ele, no entanto, disse que Fábio nunca comentou sobre qualquer ameaça. Separado, o advogado tinha quatro filhos.
De acordo com a polícia, o crime aconteceu quando o advogado estava numa barraca de bebidas, sozinho. Dois homens chegaram numa moto e efetuaram pelo menos três disparos. As imagens foram captadas pelas câmeras de uma escola próxima ao local do homicídio. O delegado Eronildo Rodolfo de Farias, titular da Delegacia de Lagoa de Itaenga, ficará à frente do caso. O enterro aconteceria às 16h de ontem, no Cemitério Francisco de Assis, em Lagoa de Itaenga.
Redes sociais
Embora a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) não tenha emitido nenhuma nota oficial, o presidente do órgão, no Estado Ronnie Duarte, comentou, no perfil do portal FolhaPE no Facebook, que a OAB-PE acompanha o caso de perto, mas que o assassinato não teria relação com o trabalho de Fábio Farias como advogado. "O presidente da CDAP (Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativa), Antonio Faria, foi à cidade e estamos acompanhando de perto. Informações preliminares indicam que o homicídio não está relacionado ao exercício da profissão", escreveu Ronnie Preuss Duarte.
Por meio da sua página no Facebook, o presidente da subseccional Carpina da OAB, Luiz Flávio Rodrigues, lamentou a morte do colega de trabalho e adiantou que está acompanhando as primeiras investigações da polícia. "Com muito pesar, comunicamos o assassinato do advogado criminalista dr. Fábio Farias, em Lagoa de Itaenga. Dr. Fábio foi nosso estagiário no início da sua faculdade, além de ser um grande músico. Como representante da OAB, vamos acompanhar de perto as investigações para que esta perda não seja mais um número das estatísticas", escreveu, em seu perfil no Facebook, Luiz Flávio Rodrigues.