Presidente da Autoridade Palestina aprova novo governo
Novo governo é formado por 23 ministros, incluindo três mulheres e seis palestinos de Gaza,
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, aprovou nesta quinta-feira (28) a composição do governo apresentada ao seu novo primeiro-ministro, Mohammed Mustafa, por meio de um decreto oficial.
O 19º governo palestino tomará posse no domingo (31), segundo a agência oficial Wafa.
A mudança ministerial acontece no momento em que a comunidade internacional pressionou o presidente da Autoridade Palestina a adotar reformas institucionais, especialmente para preparar a pós-guerra na Faixa de Gaza.
Mustafa afirmou que a "máxima prioridade nacional" do novo governo será o fim da guerra em Gaza.
Acrescentou que o seu gabinete “trabalhará na formulação de visões para reunificar as instituições, incluindo assumir a responsabilidade por Gaza”.
Leia também
• Na Cisjordânia, Mauro Vieira diz que Brasil irá liderar esforços para admissão da Palestina na ONU
• Agência da ONU para a Palestina é alvo de "campanha deliberada e planejada" por Israel
Em janeiro, pouco mais de três meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitou Ramallah e fez um apelo por "reformas administrativas" para beneficiar os palestinos e reunificar Cisjordânia e Gaza sob uma única autoridade.
O novo governo é formado por 23 ministros, incluindo três mulheres e seis palestinos de Gaza, entre eles o ex-prefeito da Cidade de Gaza Maged Abu Ramadan.
Os combates e a destruição na Faixa de Gaza - que o movimento islâmico palestino Hamas tomou do governo Abbas em 2007 - aumentaram a pressão sobre a Autoridade Palestina.
Em sua primeira reunião pública após a nomeação, Mustafa falou de “transparência” e “tolerância zero” com a corrupção.
A Autoridade Palestina está marcada há muitos anos por divisões, escândalos de corrupção, tendências autoritárias e o aparente colapso do processo de paz palestino-israelense.
As medidas anunciadas recentemente por Abbas não conseguiram tranquilizar os diplomatas, que desejam encontrar um aliado palestino capaz e confiável ao final da guerra.

