Ter, 16 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Internacional

Presidente da Costa Rica pode perder imunidade parlamentar

Esta é a segunda vez que Chaves, de 64 anos, arrisca seu futuro político perante o Congresso dos Deputados, que em setembro rejeitou uma moção para cassar sua imunidade em um caso de suposta corrupção

 O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves - Foto: Ezequiel Becerra / AFP

O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, enfrenta a possibilidade de perder sua imunidade parlamentar nesta terça-feira (16), um passo anterior a um potencial processo de impeachment por supostamente influenciar a campanha eleitoral de 2026.

Esta é a segunda vez que Chaves, de 64 anos, arrisca seu futuro político perante o Congresso dos Deputados, que em setembro rejeitou uma moção para cassar sua imunidade em um caso de suposta corrupção.

Agora, o Tribunal Supremo de Eleições (TSE) solicitou ao Congresso a suspensão de sua imunidade para que ele possa ser investigado por supostamente abusar de seu cargo "ilegitimamente" e "favorecer uma agenda política".

Na Costa Rica, o presidente está proibido de participar de atividades de campanha ou usar seu cargo para beneficiar um partido político.

O presidente, que goza de grande popularidade por sua postura linha-dura, afirma que "não há violação da lei ou da Constituição" e acusa seus oponentes de promoverem "um circo" e "um linchamento político descarado".

Para que Chaves, economista que trabalhou no Banco Mundial, perca sua imunidade parlamentar, são necessários 38 votos dos 57 membros do Congresso.

A sessão plenária estava marcada para as 19h00 GMT (16h00 no horário de Brasília), mas o presidente anunciou nesta terça-feira que não comparecerá, alegando "falta de clareza" quanto às "regras e condições" para sua participação e "incerteza se os deputados estão realmente dispostos a submeter à votação a possível cassação de sua imunidade".

Na preparação para a sessão, o influente congressista republicano Mario Díaz-Balart, aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que "destituir um presidente a poucos meses das eleições" coloca "a legitimidade democrática em risco".

Veja também

Newsletter