Sáb, 06 de Dezembro

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ACUSAÇÃO

Rússia proíbe a Anistia Internacional, declarada como organização 'indesejável'

O procurador-geral russo declarou, em comunicado, que "a sede" da organização "é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global'

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr ZelenskyPresidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky - Foto: Mikhail Klimentyev e Thibault Camus / POOL / AFP

A Procuradoria-Geral da Rússia classificou, nesta segunda-feira (19), a ONG Anistia Internacional como uma "organização indesejável" e proibiu suas atividades no país, após acusá-la de apoiar a Ucrânia.

A Rússia proibiu dezenas de organizações internacionais como parte de uma repressão à dissidência e às críticas, que se intensificou desde que Moscou lançou uma ofensiva militar na Ucrânia em fevereiro de 2022.

"A sede da Anistia Internacional em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por cúmplices do regime de Kiev", disse o procurador-geral russo em um comunicado.
 

A Procuradoria indicou que a ONG "fez todo o possível para intensificar o confronto militar na região, justificando os crimes dos neonazistas ucranianos, exigindo maior financiamento para eles e apoiando o isolamento político e econômico" da Rússia.

A Ucrânia, os países ocidentais e especialistas independentes rejeitam as alegações da Rússia de que trava uma ofensiva para "desnazificar" a Ucrânia, descartando essas declarações como propaganda infundada do Kremlin.

As autoridades russas estabeleceram uma lista de organizações declaradas "indesejáveis" pela primeira vez  em 2015.

Este status proíbe a operação de aproximadamente 223 organizações. Também coloca em risco os cidadãos russos que trabalham, financiam ou colaboram com essas associações, pois podem estar sujeitos a multas e a duras penas de prisão.

Em seu site, a Anistia Internacional descreve a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia como uma "guerra de agressão".

Além disso, a ONG denuncia que na Rússia "os direitos à liberdade de expressão, reunião pacífica e associação são severamente restringidos" e afirma que há "perseguição arbitrária" de grupos religiosos e organizações LGBTQIA+, entre outros.

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