Tribunal de apelação dos EUA anula acordo de culpabilidade do autor intelectual do 11 de setembro
Khalid Sheikh Mohammed, além de outros cinco, são acusados de terrorismo e pelo assassinato de quase 3 mil pessoas nos ataques de 11 de setembro.
Um tribunal de apelação dos Estados Unidos anulou novamente o acordo de culpabilidade de Khalid Sheikh Mohammed, considerado o “autor intelectual” dos atentados de 11 de setembro de 2001, o que atrasa ainda mais o julgamento perante um tribunal marcial.
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Por uma maioria de dois a um, o tribunal de apelações da capital americana validou a decisão do ex-secretário de Defesa Lloyd Austin, que em agosto de 2024 revogou os acordos de culpabilidade de Khalid Sheikh Mohammed e dois co-réus, o que lhes teria evitado a pena de morte.
“O ministro agiu dentro dos limites de suas competências legais e não queremos questionar seu julgamento”, e o juiz militar cometeu uma série de “erros indiscutíveis”, estimou o tribunal de apelação.
Khalid Sheikh Mohammed, Walid bin Attash e Mustafa al-Hawsawi, os três detidos na base militar americana de Guantánamo, em Cuba, são acusados de terrorismo e pelo assassinato de quase 3 mil pessoas nos ataques de 11 de setembro.
Os termos do acordo não foram divulgados, mas, segundo relatos da mídia americana, eles concordaram em se declarar culpados de conspiração para cometer crimes em troca de prisão perpétua, em vez de um julgamento que poderia ter levado à sua execução.
Khalid Sheikh Mohammed é mais conhecido pela foto tirada na noite de sua captura em 2003, com cabelos despenteados e bigode, vestido com um pijama branco.
O paquistanês criado no Kuwait, conhecido como “KSM”, foi transferido para Guantánamo em setembro de 2006.
Os três homens nunca foram julgados, porque o processo ficou paralisado devido a dúvidas sobre se as torturas sofridas em prisões secretas da CIA alteraram as provas contra eles.

