Trump diz que enviará cartas tarifárias a mais de 150 países
Presidente afirmou ainda que 'será tudo igual para esse grupo'
O presidente Donald Trump disse que enviaria cartas para mais de 150 países notificando-os sobre as tarifas, enquanto avança com uma agenda comercial que levou parceiros dos EUA a correrem para evitar impostos de importação mais altos.
— Teremos, bem, mais de 150 países para os quais vamos simplesmente enviar um aviso de pagamento, e o aviso de pagamento dirá qual será a tarifa — disse Trump a repórteres nesta quarta-feira, na Casa Branca. — Será tudo igual para todos, para esse grupo.
— Não são países grandes, e eles não fazem tanto comércio assim —, acrescentou Trump sobre os parceiros comerciais que receberão as cartas.
Nos últimos dias, Trump lançou uma série de exigências tarifárias, informando outras economias sobre novas tarifas que entrarão em vigor em 1º de agosto, caso não consigam negociar termos melhores com os EUA.
Leia também
• Empresas dos EUA participam de reunião com governo Lula para discutir tarifaço de Trump
• Trump reforça que impôs taxação maior ao Brasil do que a outros países por causa de Bolsonaro
• Trump arrecada quase US$ 50 bi com tarifas; apenas China e Canadá retaliaram
As cartas estenderam o prazo inicial de 9 de julho por mais três semanas, desencadeando uma corrida frenética entre os parceiros comerciais que buscam evitar tarifas mais altas.
Embora Trump e seus assessores inicialmente tivessem esperanças de fechar vários acordos com parceiros comerciais, o presidente tem promovido as próprias cartas de tarifas como “acordos” e sugerido que não está interessado em negociações prolongadas.
Ainda assim, Trump deixou a porta aberta para que países fechem acordos que possam reduzir essas tarifas.
As tarifas impostas até agora são em grande parte semelhantes às que Trump ameaçou em abril e depois suspendeu rapidamente devido à volatilidade do mercado, mas as cartas injetaram mais incerteza nos mercados financeiros e surpreenderam parceiros como a União Europeia, que esperavam concluir acordos preliminares com os EUA.

