Dom, 07 de Dezembro

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Governo Lula pede à gestão Trump para adiar taxa sobre aço e alumínio do Brasil

Tarifa de 25% está prevista para entrar em vigor nesta quarta

A ideia é que haja mais tempo para a negociação de um acordo para evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas nos Estados UnidosA ideia é que haja mais tempo para a negociação de um acordo para evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas nos Estados Unidos - Foto: ArtHouse Studio/Pexels

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao governo de Donald Trump que adie o prazo para a entrada em vigor da tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil, previsto para esta quarta-feira.

A ideia é que haja mais tempo para a negociação de um acordo para evitar que as exportações brasileiras sejam prejudicadas nos Estados Unidos.

A postergação solicitada, segundo interlocutores do governo e do setor privado, seria de pelo menos um mês.

O pedido foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em reunião com o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, e o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer.

Donald Trump anunciou a tarifa de 25% para as importações de todos os países. Entre os argumentos do Brasil é que as exportações de produtos siderúrgicos para os Estados Unidos não prejudicam as indústrias americanas.

Ao contrário: o aço brasileiro é matéria-prima e a tarifa de 25% vai aumentar os custos das empresas dos EUA, argumenta o governo Lula.

As negociações entre Brasil e EUA começaram na semana passada, com a primeira conversa de alto nível entre Alckmin e autoridades americanas.

A partir desta semana, são realizadas reuniões bilaterais técnicas. Até o momento não há informação se Washington aceitou o pedido do governo brasileiro.

Açúcar e etanol
Além de aço e alumínio, outros produtos que estão sobre a mesa de negociação são o açúcar e o etanol.

A Casa Branca avisou que os bens que tiverem Imposto de Importação maiores do que os praticados nos EUA terão tratamento recíproco, ou seja, haverá aumento de alíquotas aduaneiras no mesmo patamar.

O etanol chegou a ser citado como exemplo pelo governo americano, pois ao entrar no Brasil tem uma alíquota de 18%, enquanto nos EUA o imposto é de 2,5%.

O setor alega que as vendas de álcool de cana-de-açúcar para os EUA são inexpressivas e não afetam a produção local, que tem o milho como matéria-prima.

Já o açúcar, hoje tributado em 14%, terá a tarifa reduzida a zero, para forçar uma queda nos preços dos supermercados. Por si só, isso já evitaria uma elevação do imposto sobre o produto pelos EUA.

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