Nunes nega ter feito disparo em episódio que lhe rendeu denúncia por porte ilegal de arma
Em 1996, policial civil relatou ter visto o então empresário dar um tiro em frente a uma casa de show; caso foi revelado pelo "Metrópoles", e a declaração foi dada à
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou nessa quinta-feira (29) não ter feito nada de errado em relação à denúncia de porte ilegal de arma da qual foi alvo três décadas atrás. O caso foi revelado pelo site "Metrópoles".
Nunes foi alvo de uma denúncia, assinada pela promotora Silvia Tomaz Lourenço Moreno de Oliveira em junho de 1997, por posse de arma sem licença e disparar arma de fogo em local público.
O episódio havia ocorrido um ano antes, em setembro de 1996, quando um policial civil relatou ter visto Nunes dar um tiro com uma pistola calibre 380 em frente a uma casa de shows chamada Caipirão, em Embu das Artes.
"Não dei tiro nenhum. Não tem absolutamente nada que eu tivesse feito de errado a não ser só, como um cidadão em qualquer situação, eu fiz e faria, de tentar evitar algum problema, de separar qualquer tipo de briga" disse nesta quinta-feira ao jornal "Folha de S.Paulo".
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Ele também disse ser "um cristão que não gosta de confusão, agressão e briga, que procura dialogar e ter as coisas pacificadas".
"Sou a favor do que está previsto na legislação, de que a pessoa, dentro do seu estabelecimento e casa, tenha o direito de, dentro da legalidade e da legislação, ter sua arma. Sou contrário ao incentivo ao armamento, às pessoas andarem armadas, eu não ando armado" afirmou.
O episódio consta na certidão de antecedentes criminais de 80 páginas que a campanha de Nunes protocolou na Justiça Eleitoral em 2020, quando ele se candidatou a vice de Bruno Covas (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Após ser levado para uma delegacia de Embu das Artes, Nunes, então um empresário de 28 anos, depôs que estava acompanhado de um amigo chamado Marcio Gonzales Garcia e que foi "remover" a pistola do carro quando "acidentalmente a arma disparou". O revólver estava registrado em nome desse amigo.

