Presidente da Câmara critica governo após aumento do IOF: 'Brasil não precisa de mais imposto'
A manifestação ocorre dias após a publicação do decreto presidencial que dobrou a carga do IOF para pessoas jurídicas
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou nesta segunda-feira, 26, o governo Lula em meio à repercussão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado na semana passada pela equipe econômica. Em post no X, antigo Twiiter, Motta afirmou que "o Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício".
A manifestação ocorre dias após a publicação do decreto presidencial que dobrou a carga do IOF para pessoas jurídicas, elevando a alíquota anual máxima de 1,88% para 3,95%. O imposto também foi reajustado para operações cambiais de pessoas físicas e jurídicas e para investimentos de alto valor (acima de R$ 50 mil) em planos de previdência privada VGBL.
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"O Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar", escreveu Motta.
O posicionamento do presidente da Câmara expõe a tensão entre Legislativo e Executivo em torno da medida.
A oposição se articula para tentar derrubar o aumento do imposto no Congresso.
No setor produtivo, entidades empresariais também demonstraram contrariedade nesta segunda-feira.

