Sex, 05 de Dezembro

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Trump afirma que ataques destruíram instalações nucleares do Irã, apesar de relatório contraditório

Presidente dos EUA sustenta versão de aniquilação total, mas avaliação militar indica que duas das três estruturas podem ser reparadas

Trump volta a afirmar que bombardeio americano contra Irã destruiu todas as istalações atingidas Trump volta a afirmar que bombardeio americano contra Irã destruiu todas as istalações atingidas  - Foto: Jim Watson/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar neste sábado (19) que os bombardeios americanos contra o programa nuclear do Irã destruíram completamente as instalações atingidas, apesar de uma avaliação recente indicar que parte da infraestrutura segue funcional.

“As três instalações nucleares no Irã foram completamente destruídas e/ou arrasadas”, escreveu Trump em sua rede Truth Social. Segundo ele, “levaria anos para reativá-las e, se o Irã quisesse fazê-lo, seria muito melhor começar do zero, em três locais diferentes”.

Os ataques ocorreram em 22 de junho e atingiram complexos considerados estratégicos para o programa nuclear iraniano: a instalação de enriquecimento de urânio em Fordo, ao sul de Teerã, e os centros de Isfahan e Natanz. A operação foi conduzida em paralelo a bombardeios israelenses contra alvos nucleares e militares do Irã.

Washington apresentou a ação como um golpe definitivo contra o que classifica como um esforço de longa data do regime iraniano para desenvolver armas atômicas. Teerã nega veementemente ter qualquer intenção bélica e afirma que seu programa tem fins exclusivamente civis.

Retórica 

Apesar da retórica de Trump, veículos de imprensa dos Estados Unidos relataram uma avaliação militar mais cautelosa. De acordo com a NBC News, apenas uma das três instalações foi praticamente destruída. As outras duas poderiam ser consertadas e estariam em condições de retomar o enriquecimento de urânio nos próximos meses.

A emissora citou cinco fontes com acesso a informações confidenciais da Defesa dos EUA. Segundo elas, os danos não foram uniformes e, mesmo com a ofensiva, a capacidade nuclear do Irã não foi totalmente neutralizada.

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