Álvaro Porto não vê possibilidade de decisão do PSDB ser judicializada
Partido passou a integrar bancada independente da Alepe
Após a reunião que definiu que o PSDB terá posição de independência em relação ao governo Raquel Lyra (PSD) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o presidente da Casa e do partido no estado, deputado Álvaro Porto, disse não acreditar que haja judicialização da decisão.
Porto ressaltou que a reunião não era necessária, lembrando a votação realizada numa reunião ainda em agosto, que foi questionada na Justiça pela deputada governista, Débora Almeida, alegando o desrespeito ao estatuto partidário na indicação de Diogo Moraes como líder da bancada.
O líder da legenda tucana reafirmou que as exigências da Justiça foram respeitadas, garantindo a segurança do ato.
“Fizemos uma coisa que, não precisava ter sido feita, porque a gente já decidiu nos votos, por dois a um. Mesmo assim, a gente referendou com toda a Executiva estadual do partido. Tudo foi feito com orientação da Executiva nacional. Cumprimos todas as determinações e prazos regimentais do partido e da Justiça”, declarou o presidente.
Contrariando as expectativas de que o grupo tucano passasse a integrar a oposição, a entrada na bancada independente foi justificada pelo presidente Álvaro Porto como um ato de respeito aos deputados governistas Déboral Almeida e Izaías Regis, que permanecem no partido.
Ainda assim, o dirigente reforçou que pessoalmente faz oposição à governadora e disse ainda que a Executiva nacional orienta que o ninho tucano no estado também faça, em retaliação à forma que a gestora deixou o partido em março deste ano. Raquel Lyra se filiou ao PSD e levou consigo 32 prefeitos do PSDB.
"Sem motivo nenhum, ela deixou o PSDB isolado em Pernambuco. Tirou todos os prefeitos eleitos com financiamento do partido", reclamou Álvaro.
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Comissões
Álvaro Porto destacou ainda que a posição de independência garante ao partido uma vaga nas principais comissões da Casa - Justiça, Finanças e Administração Pública - e na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para investigar contratos de publicidade do governo Raquel Lyra.
O presidente do Legislativo estadual fez questão de afirmar que a CPI está de pé e deve ter os trabalhos retomados em breve.
“Há uma paralisação por uma ordem judicial. Mas continua existindo. A partir do posicionamento da Justiça, volta a recontagem dos prazos”, disse.



