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Análise: André Campos diz que Raquel buscou aproximação com Lula

Ex-deputado avalia que ninguém quer ficar contra o presidente em Pernambuco

André Campos no Folha PolíticaAndré Campos no Folha Política - Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

O ex-deputado estadual e comentarista do Folha Política, André Campos, afirmou que a governadora Raquel Lyra (PSD) calibrou o discurso durante a visita do presidente Lula (PT) a Pernambuco, na última terça-feira (2). O programa foi ao ar nesta quinta-feira (4) na Rádio Folha 96,7 FM.

Campos lembrou que a chefe do Executivo estadual, ao acompanhar Lula em todas as agendas, fez discursos elogiosos ao mandatário e chegou a afirmar que o estado “não faltaria” ao presidente. Em agosto, Raquel não havia recebido Lula e o gesto gerou especulações de que a governadora estaria se afastando dele.

“Raquel fez um discurso claramente de aproximação com Lula”, disse. “Ninguém em sã consciência, nem Raquel, nem João quer ficar contra Lula”, enfatizou mencionando a governadora Raquel Lyra e ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), pré-candidatos ao governo.

Para André Campos, a governadora terá dificuldades de se posicionar se optar por declarar apoio à reeleição do presidente. Ele explicou que, caso ela siga essa estratégia, poderá perder o voto dos bolsonaristas. 

Além disso, outra dificuldade seria a própria posição do PSD na eleição presidencial. O líder nacional da sigla de Raquel tem dado demonstrações de apoio à possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“O apoio de João Campos a Lula está claramente definido. Raquel tem dificuldades, que é a questão com o PSD e de uma perda de apoio da base bolsonarista. Ela está numa encruzilhada”, analisou.

PDT
Segundo André Campos, alguns partidos terão dificuldades para montar chapas proporcionais em Pernambuco. Entre eles, o PDT-PE, que, recentemente, sofreu uma intervenção que dissolveu a direção da legenda no estado, comandada pelo ex-prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, e pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz.

A crise no partido ocorre após Wolney ter assumido o Ministério da Previdência Social, após a queda de Carlos Lupi. O ex-ministro, que também preside nacionalmente a legenda, saiu do cargo no contexto das investigações contra as organizações que aplicavam golpes em pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ainda de acordo com André Campos, existe a chance tanto de Zé Queiroz quanto Wolney se filiarem ao PT ao PSB, principalmente no caso de Zé, que é pré-candidato a deputado estadual.

“O problema do INSS era anterior, mas estourou na na gestão de Lupi. E Wolney foi seu sucessor e eu não sei se ele está muito satisfeito com a participação (de Wolney no Ministério)”, disse.

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