Dirceu se reúne com deputados do Estado
Leia também:
José Dirceu diz que a luta continua
PSB e PDT são aliados de longa data, assim como PT e PDT. Entretanto, PT e PSB - que estão rompidos desde a eleição de 2014 e mais estremecidos depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando alguns socialistas foram partícipes da articulação para destituir a petista - ensaiam uma aliança. O ex-presidente Lula (PT) foi um dos entusiastas desta reconciliação, visando sedimentar sua candidatura a presidente.
Com menos força do que em outrora, Dirceu, que aguarda a apreciação dos recursos em liberdade, em Brasília, era um dos homens fortes do governo Lula até ser implicado no esquema conhecido como Mensalão. Desconversando, Queiroz destacou que a conversa focou na conjuntura nacional e nas candidaturas de centro-esquerda. “Foi um encontro largo, com a presença de parlamentares, líderes de vários partidos do nosso campo para discutir a conjuntura política nacional. Não nos detivemos a nenhuma situação específica já que existiam representantes de quatro candidaturas à Presidência da República: Manuela [D’ávila (PCdoB)], Ciro [Gomes (PDT)], Joaquim Barbosa (PSB) e Lula (PT). Pretender reduzir isso a uma ‘articulação sobre Pernambuco’ - por mais importante - é diminuir o papel dos circunstantes e de seus partidos”, declarou.
Entretanto, a conjuntura pernambucana, com a pré-candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), não fugiu à mesa. A ex-socialista é vista como uma pedra no caminho do governador Paulo Câmara (PSB), além de atrapalhar na costura entre petistas e socialistas.
Projeto próprio
As costuras com siglas como PT no cenário nacional não impedem, contudo, do PSB de procurar um caminho próprio. Apesar de ter se filiado ao PSB sem a garantia de que seria o candidato do partido ao Palácio do Planalto, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa está conseguindo quebrar as resistências ao seu nome dentro da legenda, inclusive do vice-presidente nacional da legenda, Beto Albuquerque, que retirou a postulação em favor do correligionário, e de Paulo Câmara, que via no ex-ministro um empecilho para a costura com petista no Estado.



