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“Estaria no palanque com João, Raquel e Lula”, diz Ivan Moraes sobre estratégia de isolar a direita

De acordo com o dirigente do PSOL, Lula é único nome que poderá manter regime democrático no Brasil

Programa Folha Política com Ivan Moraes FilhoPrograma Folha Política com Ivan Moraes Filho - Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

O ex-vereador e dirigente do PSOL em Pernambuco, Ivan Moraes, disse, nesta terça-feira (4), que não teria problemas em subir num palanque com o prefeito João Campos (PSB) e a governadora Raquel Lyra (PSD), desde que estivesse em comum entre eles um apoio à possível candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Ainda de acordo com Moraes, que também é pré-candidato ao governo estadual, o dever destas forças políticas, que ele vê como democráticas, é "isolar a extrema direita". As declarações foram dadas durante entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM.

“Problema nenhum com isso (estar no mesmo palanque). Inclusive, eu estaria no palanque com João, Raquel e Lula. Porque eu entendo que, hoje, no Brasil, a conjuntura nos obriga a reconhecer que Luiz Inácio Lula da Silva é a única pessoa capaz de manter o país no rumo da democracia”, afirmou.

O dirigente também defendeu que, após uma possível reeleição do presidente Lula, o campo político progressista comece a trabalhar para construir novas lideranças. E ponderou que, às vésperas das eleições de 2026, no entanto, não haveria tempo para esse debate. Na visão de Ivan Moraes, o atual governo é “mais bom do que ruim” e diz que Lula é o “guardião da caminhada democrática brasileira”.

“Hoje nós não temos mais tempo para fazer isso (achar sucessor para Lula). (...) A gente tem um candidato que é o presidente que vem fazendo um governo mais bom do que ruim. (...) Não tem como dizer diferente, a gente pode até querer que seja diferente, mas hoje Lula é o guardião da caminhada democrática brasileira e tem que ser empossado mais uma vez para que a gente possa dar início a essa transição”, opinou.

João e Raquel

De acordo com Ivan Moraes, as prováveis candidaturas de João Campos e Raquel Lyra são “semelhantes”. O dirigente comentou que ambos têm origens em famílias políticas e fazem parte da chamada política tradicional. 

Moraes também criticou o clima de polarização entre o prefeito e a governadora. Na visão dele, a disputa não seria uma polarização, mas uma “implosão”. Apesar do que classificou como “semelhanças”, enfatizou que os dois fazem parte de campos políticos que defendem a democracia.

“Eu boto fé que as pessoas não vão se encantar por essa polarização, que não é uma polarização, é uma implosão. Porque você não polariza para os lados, você polariza para dentro”, disse.

Câmara de Vereadores

O ex-vereador também fez críticas à atuação de vereadores da direita ao relembrar que mantém boas relações com a maioria dos parlamentares da Câmara de Vereadores do Recife. Para Ivan, o discurso desse campo político tem se caracterizado, na visão dele, como antipolítico e defendeu que é preciso haver uma espécie de cordão sanitário para isolá-los do debate público.

“A gente não pode considerar essa rapaziada que chegou com um discurso antipolítica, antidemocracia e proto-fascista. Com essa galera não tem conversa. Essa galera tem que ser escanteada e não pode estar nas rodas em que os acordos políticos estão feitos. Essa galera não pode ser levada a sério. O que a gente tem que fazer com essa galera é rir da cara deles”, enfatizou.

Veja a íntegra da entrevista:

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