João Campos defende revisão do sistema tributário e condena tarifaço em debate no XP Expert
Painel reuniu prefeito e presidente nacional do PSB a líder nacionais de outros partidos
O prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, teve a oportunidade de se posicionar sobre temas que apontam para as eleições de 2026 no Brasil na XP Expert, realizada nesta sexta-feira (25), em São Paulo. A carga tributária brasileira e o tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil, foram alguns dos assuntos tratados pelo gestor.
Com o tema “Eleições 2026: bastidores do poder”, o evento reuniu no mesmo painel o presidente eleito do PT, Edinho Silva, o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), representando o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), além de João Campos.
Ao ser perguntado sobre os desafios da economia para quem assumir mandatos executivos a partir de 2027, João Campos criticou a carga tributária, que considerou “mal focalizada”. O gestor ainda criticou a disputa narrativa em torno do tema..
“A carga tributária é um problema para o Brasil porque é alta e mal focalizada. Temos uma tributação sobre o consumo alta e regressiva. Tenho oportunidade de governar uma cidade e dirigir um partido, e temos que ir pelo caminho da eficiência naquilo que fazemos. Não adianta viver numa disputa de narrativas, quando muitas das soluções passam por um caminho de eficiência na gestão pública”, enfatizou.
Citando um projeto de autoria da namorada, a deputada federal por São Paulo, Tábata Amaral (PSB), o prefeito defendeu que os programas criados pelo executivo tenham uma avaliação do impacto para que possam ser renovados ou descontinuados no país. João Campos afirmou que defender a eficiência não deve ser visto como uma bandeira da esquerda ou da direita, mas do ponto de vista de buscar soluções para os problemas reais do Brasil.
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Tarifaço
João Campos também se posicionou com relação à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O cacique socialista criticou o viés político da carta em que o presidente estadunidense anunciou a medida, afirmando que ela não é normal, por ter atacado a instituições brasileiras.
“Um impasse como esse, é fundamental ser resolvido. Agora, é fundamental negociar aquilo que deve ser negociado. Não tem como negociar o inegociável. Imagine se fosse o contrário, se o presidente brasileiro enviasse carta ao americano afirmando que iria fazer um corte na relação com uma taxa se a Suprema Corte não tirasse uma condenação?”, questionou Campos.
O prefeito defendeu a negociação que está sendo feita pelo presidente Lula (PT) e reforçou que as tratativas devem se limitar às questões comerciais. “A outra parte da carta, é melhor fingir que foi brincadeira e nem tratar disso, porque, de fato, não tem como negociar”, cravou.



