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João e Priscila vão à Festa do Carmo e falam ao público

Políticos, que devem estar em palanques opostos em 2026, assistiram juntos à missa de encerramento

Gestores estiveram acompanhados de auxiliares de governo e familiares no eventoGestores estiveram acompanhados de auxiliares de governo e familiares no evento - Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco

O último dia da 329ª edição da festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, realizada no pátio do Carmo, na região central da cidade, reuniu no mesmo palco a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause (PSD), e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que devem estar em palanques opostos nas eleições de 2026.

Na missa campal de encerramento da festa, Priscila representou a governadora Raquel Lyra (PSD), que este ano não pôde participara da celebração porque precisou ir a Brasília para uma reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. A vice-governadora foi acompanhada pelo secretário de Meio Ambiente, Daniel Coelho, e pela secretária de Cultura, Cacau de Paula. 

Já o prefeito João Campos esteve acompanhado do vice-prefeito, Victor Marques (PCdoB), além de secretários e da mãe, Renata Campos. O deputado estadual Mário Ricardo (Republicanos) também esteve junto do prefeito no evento e entregou uma homenagem da Assembleia Legislativa de Pernambuco ao prior provincial frei José Roberval Pereira e anunciou a entrega de outra homenagem ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson, em Agosto. Ainda participaram do evento vereadores e outras autoridades.  

Duas padroeiras
Primeiro a falar, João Campos chegou ao púlpito sob o som de  aplausos. No discurso, ele agradeceu ao povo do Recife e lembrou que, além de Nossa Senhora do Carmo como padroeira oficial da cidade, os recifenses têm Nossa Senhora da Conceição como protetora.
“É um grande ativo da cidade do Recife contar com duas padroeiras. A padroeira de fato, Nossa Senhora do Carmo, e a padroeira afetiva, que é Nossa Senhora da Conceição. Que as duas possam seguir abençoando e protegendo nossa cidade, dando saúde,  luz, força ao nosso povo. Hoje é um dia de fé e de festa. Que a gente possa renovar sempre a nossa fé”, afirmou o prefeito. 

Depois, foi a vez de Priscila Krause falar ao público. A vice-governadora disse que a festa faz parte da identidade dos pernambucanos. “Essa festa, que a cada ano se renova, é símbolo da nossa identidade, resiliência e da profunda fé do povo pernambucano, em especial do povo recifense, que tem a graça de ter duas padroeiras”, afirmou.

Priscila ainda agradeceu ao fiéis e fez um pedido especial. “Que todos coloquem em suas orações nós que temos cargo de gestão pública escolhidos por vocês: a mim, à governadora Raquel Lyra, ao prefeito, ao vice-prefeito, para que tenhamos sempre discernimento e sabedoria nas nossas escolhas”, enfatizou a vice-governadora.

Tensão
Ao fim da cerimônia, a vice-governadora foi questionada sobre o aumento da tensão no relacionamento entre o governo estadual e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

A recente declaração do presidente do Legislativo, deputado Álvaro Porto (PSDB), de que a Casa de Joaquim Nabuco já teria atendido ao Executivo com autorizações anteriores de empréstimos foi rebatida por Priscila Krause.

“Quem entende de finanças públicas sabe que tanto o estado tem capacidade de tomar empréstimo como está executando os empréstimos de acordo com as regras das instituições bancárias. Cada um sabe das suas responsabilidades. E a responsabilidade da Assembleia Legislativa é colocar o empréstimo para votar,  até porque eu tenho a certeza que a maioria absoluta dos deputados querem esses investimentos em Pernambuco”, disparou a gestora.

Prática comum
Sobre a acusação que o governo estadual seria incapaz de concretizar a aquisição dos empréstimos já aprovados pelos deputados estaduais em razão de aditivos feitos para aumentar o prazo para desembolso, Priscila explicou que se trata de uma prática comum na administração financeira, para adiar o pagamento dos juros.

“Esse desembolso vai sendo feito ao passo que a execução vai acontecendo. Porque, se a gente tira R$ 3,2 bilhões e põe de uma vez só na conta R$ 3,2 bilhões, vamos começar a pagar os juros desse empréstimo. Isso é um entendimento tanto do ponto de vista administrativo quanto da lógica matemática. Quem administra qualquer finança sabe disso”, destacou.
 

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