Jungmann diz ter certeza de que Temer termina mandato
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou hoje não ter dúvida de que o presidente Michel Temer chegará ao fim do mandato e descartou qualquer possibilidade de uma eventual intervenção militar no País. De acordo com ele, o clima na tropa é de “absoluta tranquilidade”.
“Os militares são um ativo da democracia. E vou dizer o seguinte: eles estão absolutamente de acordo com o que está na Constituição. Mais que isso: se alguém tentar arranhar, destruir ou ameaçar a democracia que nós temos, os militares se levantarão contra. Dentro da Constituição. Dentro do que manda a Constituição. Dentro do que manda a lei”, afirmou o ministro, que visitou a Folha de Pernambuco nesta quinta-feira (22), sendo recebido pelo presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, pelo diretor executivo da Folha, Paulo Pugliese, e pela diretora de redação, Patrícia Raposo.
O ministro, que também concedeu entrevista à Rádio Folha FM, 96,7, acrescentou que os militares, hoje, estão dentro da sua missão constitucional e voltados para os aspectos legais do seu trabalho.
“O que posso dizer é que eles têm as suas preocupações salariais, de aposentadoria, como todos têm, mas que o clima é da mais absoluta tranquilidade, e isso não é retórica. Para eles, qualquer saída, qualquer atalho fora da Constituição, nem pensar. Com eles, ou com quem for”, garantiu o ministro, na rádio.
Sobre a situação do presidente Michel Temer, o ministro avliou que ele está colocando o País no rumo e que ele terminará o seu mandato “sem a menor sombra de dúvida”.
“A economia reage mais lentamente. Mas o presidente teve a coragem de não se preocupar com popularidade. Não se preocupar com o sucesso fácil e rápido, tão pouco se preocupar com a sua sucessão”.
Segundo ele, um gestor que tem apenas dois anos e meio de mandato a cumprir e coloca temas polêmicos em debate demonstra coragem.
“Um presidente que coloca a reforma fiscal, a questão do teto, da Previdência, que vai colocar uma reforma trabalhista, que tem tomado as posições que tomou, pode-se discordar, mas ele tem coragem para procurar um rumo para o País”, ponderou o ministro.
Segundo ele, a saída da crise é lenta, mas virá. “Temos que manter o País no caminho da democracia, e termos as eleições de 2018 entregando o Brasil melhor do que recebemos. E vamos entregar, não tenha a menor sombra de dúvida. O presidente tá indo, sim, no caminho certo”.



