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Ministro José Mucio Monteiro garante estabilidade das Forças Armadas

Em entrevista ao Programa Roda Viva, ministro da Defesa abordou diversos temas

Ministro José Mucio MonteiroMinistro José Mucio Monteiro - Reprodução /Tv Cultura

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, afirmou que as Forças Armadas estão comprometidas com a democracia e que não há qualquer risco de instabilidade institucional. “Posso garantir que as Forças Armadas têm convicção democrática”, disse, ontem, durante entrevista ao Programa Roda Viva.

Questionado se a frase se refere aos militares da ativa e da reserva, Mucio respondeu: "trabalho mais com os da ativa". Durante o programa, o ministro abordou temas como o orçamento da Defesa, a relação entre governo e militares, os desdobramentos do 8 de janeiro, a crise com o comandante da Marinha e as dificuldades para aprovar a PEC que impede a participação de militares na política.

Orçamento

Criado em 1999, o Ministério da Defesa enfrenta dificuldades financeiras, segundo Mucio. “A despesa nossa é 1,1% do PIB. Não sei como nós sobrevivemos. Talvez seja o menor investimento da América do Sul. A OTAN recomenda que seja 2% do PIB. Não temos dinheiro para absolutamente nada”, afirmou.

O ministro defendeu previsibilidade orçamentária para as Forças Armadas e destacou avanços como o projeto Calha Norte, a ampliação do ITA para o Ceará e o aumento do alistamento feminino. “Só em janeiro, foram 23 mil inscrições. Essas coisas vão evoluir. Temos um percentual maior do que a média da América do Sul”.

Golpe

O ministro garantiu que os militares não participaram dos atos golpistas. “Não havia militar naquele dia”. Ele defendeu punições severas aos organizadores. “Eu estou louco para saber quem foram os organizadores para que tenham pena máxima. As Forças não só estão preparadas para isso, como desejam isso”.  Ele também defendeu critérios diferenciados para as punições. “Se foi um golpe, quem organizou que pague. Você não pode condenar a mesma pena quem armou, quem financiou e quem esteve lá e encheu o movimento. Mas essa é uma decisão que pertence ao Congresso Nacional”.

O ministro voltou a afirmar que não tem ambições políticas e que só permaneceu no cargo por insistência de Lula. “Sou refém da gratidão”, disse.

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